segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Estranhamente, vou defender o indefensável: o Rui Rio

Na minha opinião, o Rio é fraco a fazer oposição.

E a razão porque é fraco a fazer oposição não é por ter incapacidade de acção mas, muito mais grave, é por pensar que as políticas do Costa estão bem.

Se, quando jovem, o Rio se tivesse filiado no PS, hoje apoiaria com unhas e dentes o Costa mas como, por acaso, se inscreveu no PPD-PSD, ambiciona substitui-lo por "inerência de cargo". O Rio adora a "equipa A" mas, desde o momento que assumiu o papel de "treinador da equipa B",p or "profissionalismo", quer que B vença e que A perca.

Se Rio fosse do PS e substitui-se o Costa, continuaria tudo na mesma, Rio é um sucedâneo do Costa, a sua continuação.


Mas o Rio, substituindo o Costa, não vai lá estar com o PS.

Um homem é tudo o que é mais o que o são os que o rodeiam.

As políticas do Rio rodeado pelo PSD será muito diferentes do que seriam se o Rio estivesse rodeado pelo PS. Também o Costa seria diferente do que é se não fosse rodeado PS, uma corja de mal feitores.

Além de não estar lá a corja do PS, também deixará de lá estar a corja do BE e do PAN (não vou dizer mal do PCP que, apesar de as suas ideias no condenarem à pobreza, anda perdido).


Sendo assim, o Rio é pelo menos tão bom como o Costa.

Parece estranha esta minha frase pois o Costa não presta. Mas pensemos nisso como uma vantagem. 

Pensemos que actualmente a moderação do Costa (sim, o Costa é liberal mas não o pode assumir porque está amarrado à corja para manter o poder) ajuda de forma significativa o PS a ter a maioria de votos. 

Pensemos ainda que o constante torpedeamento que o Costa sofre por parte dos esquerdistas encabeçados Pedro Nuno Santos (nem deveria usar a palavra "encabeçados" pois o PNS é completamente desmiolado) vai impor cada vez políticas mais loucas, começando no TGV e acabando no hidrogénio.

Politicas esquerdistas malucas levam a perdas nas sondagens que levam a maior pressão interna sobre o Costa.

Pensemos que o Costa vai perdendo espaço de manobra interna e acaba por bater com a porta.

Nesse tempo, será vantajoso para o PSD ter como chefe um sucedâneo do Costa, um "cavalo de Tróia" que consiga captar para o PSD os votos dos apoiantes do Costa.


E depois?

É como o Mário Soares (que teve que meter o socialismo na gaveta) ou o Passos Coelho (que teve que assumir a austeridade).

É a batalha que faz o herói.

É o hábito que faz o monge.

Devidamente apoiado, Portugal entrará no bom caminho.


É que o PSD do Relvas, do Rangel, do Monte Negro, ... pouco ou nada vale.

Diz que o Rio é fracote, isso já todos sabemos, mas que ideias têm para Portugal?

São pessoas da máquina, o roupeiro, o massagista, o tratador da relva, não são um Pinto da Costa. Não são um Cavaco Silva, são ribeiros.

Quando a equipa perde vêm dizer que está tudo mal, que existem alternativas, que é preciso pensar no futuro mas não dizem qual o caminho a seguir.


Imaginem esta situação (dos Evangelhos).

Moisés ia a caminho de Cafarnaum e parou para pedir ajuda ao Filisteu Monte-Cristo: «Eu queria ir para a Terra-Prometida e perguntei ali a um que se chama Fariseu Rio que me disse "Isto é fácil, o senhor continue que, mais dia menos dia, vai encontrar o seu destino", o que é que o senhor acha?»

Ai, Monte-Cristo disse «Bem, o Fariseu Rio não está em condições de lhe indicar o caminho e existem pessoas que lho podem fazer, como por exemplo, o Samaritano Rangel.»

O homem continua e encontra o Samaritano Rangel que lhe disse «O senhor quer saber o caminho para a Terra-Prometida? Digo-lhe que tenho tendências homossexuais e que lhe dou forte na pinga.»

Moisés continuou o seu caminho, 40 anos perdido no deserto.


Aplica-se o mesmo raciocínio ao Xicão.

O CDS está em perda por causa do CHEGA e da Iniciativa Liberal.

Mas o resultado nas autárquicas foram muito melhores do que previam as sondagens.

Meter outro qualquer a presidente da geração anterior (o Nuno Melo tem mais 22 anos do que  o Xicão), parece-me andar às arrecuas.

O Nuno Melo não quer compreender que a situação política em 2021 não é a mesma coisa que era a situação política há 22 anos atrás, a dinâmica demográfica e social fez com que a ruralidade e o cristianismo, que eram a base do CDS, perdessem importância. É preciso entrar no "mercado" urbano, jovem e laico.


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