sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Pela despenalização do suicídio assistido!

A Eutanásia nada mais é do um eufemismo para um suicídio.

A palavra "Suicídio" resulta da raiz latina Sui (= a si mesmo) e Cidium (= morte).
A palavra "Eutanásia" resulta da raiz grega Eu (= bom) e Thanatos  (= morte).
Se o argumento de quem votou a favor da eutanásia é dar liberdade às pessoas, devem usar a mesma argumento para despenalizar o suicídio assistido. 
Não terá qualquer pessoa, mesmo que saudável (o que é isso?), o direito a acabar com a sua vida?
Não é a vida em si uma doença mortal e incurável?
Em presença da Eutanásia, qual é o argumento contra a despenalização do suicídio assistido?
O que dizer às cerca de um milhão de pessoas que se suicidam todos os anos no mundo?

O que leva uma pessoas a querer acabar com a vida?
As desordens mentais (ver).
É altamente desconcertante os nossos pensamentos surgirem de reacções químicas e mais desconcertante ainda é sabermos hoje que pequenas oscilações no equilíbrio químico dentro do nossos cérebro altera os nossos pensamentos no sentido auto-destrutivo.
Diz a ciência que a Depressão é o transtorno que leva as pessoas a terminar com a vida e a depressão, na maior-parte dos paciente, tem cura medicamentosa, com os famosos anti-depressivos.
A solidão, a ansiedade social, a incapacidade de lidar com o stress, o sofrimento por pensamentos intrusivos, a incapacidade de agir, a desarrumação da casa, o desleixo com a higiene, e mais milhares de coisas resultam de desequilíbrios químicos que podem ser facilmente corrigidos com um comprimido pela manhã.

O caso da minha queria mãesinha que uma hemorragia levou.
A idade ao avançar foi-lhe retirndo a capacidade de caminhar o que lhe causou enorme tristeza e ansiedade "O que vai ser de mim se não conseguir ir à casa de banho?". Juntamente com a diabetes, hemodiálise e mais doenças, começou a ter alucinações o que também lhe causou bastante ansiedade.
Neste estado, dizia repetidamente "Quero morrer, estou farta desta vida."
Como já estava um bocadinho choné, para a dissuadir eu dizia "O problema é que se morrer cortam-me a pensão e, depois, do que vamos viver?"
Depois, no Hospital de Gaia, receitaram-lhe  Sertralina e Quetiapina. Como milagre, foram-se embora as tristezas e alucinações.
No fim da vida não se cansava de repetir "Nunca pensei chegar a velha e ser tão feliz."
Morreu à falsa fé, contra a sua vontade, mas a vida é mesmo assim, um dia acaba.

O sofrimento tem que se combater com felicidade.
Se o processo de suicídio é uma situação psiquiátrica de emergência muito urgente que obriga a manietação da pessoa, internamento e medicação forte, a declaração da vontade de eutanásia tem que ser tratada da mesma forma. 
Até porque o sofrimento é um "sentimento" próprio e, também, resultante de um desequilíbrio químico.

O Vasco Pulido Valente já estava praticamente morto há muitos anos mas nunca desistiu de querer viver e de desancar a torto e a direito.

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