sexta-feira, 13 de agosto de 2021

O aquecimento global condena a economia à estagnação (?)

A maior parte das pessoas não percebe nada de economia.
Mesmo economistas e professores doutores de economia têm um encadeamento de ideias que está completamente errado. Vou começar por apresentar as principais ideias e as que estão erradas e certas.

Ideia 1 = Para o nível de vida melhorar é preciso aumentar a quantidade e qualidade de bens disponíveis para as pessoas (medida pelo PIB per capita). 
Esta ideia está correcta.
 
Mesmo pensando que a meditação melhora a felicidade, para meditar é necessário tempo, e o tempo "parado" é um bem, o lazer, que compete com o tempo de trabalho.


Ideia 2 = Para produzir mais bens e serviços (para aumentar a quantidade per capita e para cobrir as necessidade de uma população mundial crescente), será preciso consumir mais recursos naturais.
Esta ideia está errada.

Quando pensamos em bens que não mudam ao longo do tempo (trigo, milho, soja, ...), a inovação tecnológica acontece do lado da produção e da distribuição.
Por exemplo, a soja é um grão muito importante para a humanidade porque tem muito óleo e muita proteína que são fundamentais na alimentação humana (500m2 são suficientes para a alimentação de um ser humano). Assim, o combate da fome obriga a mais produção de soja. Neste caso, como a população está a aumentar rapidamente, o aumento tecnológico (+1,25%/ano de produção por m2) não é suficiente para não haver mais consumo de recursos naturais (+2,9% de superfície cultivada por ano).
Mas no caso de bens com elevada tecnologia (computadores, filmes, electrodomésticos, automóveis, ...) o progresso tecnológico tem permitido o aumento da produção sem haver aumento dos recursos naturais utilizados.
Por exemplo, um disco rígido exactamente igual em termos físico, no espaço de 25 anos passou de 0,5GB para 8000GB (um aumento de 16000 vezes), um aumento de capacidade de próximo de 50% por cada ano. Também um processador de hoje, idêntico fisicamente a um de há 25 anos, tem uma capacidade de cálculo 5000 vezes maior (duplica a cada 2 anos).
Pegando nos dados do Banco mundial e calculando a energia necessária para produzir um USD de riqueza, comparando 1995 com 2015, nestes em 20 anos a necessidade de energia diminuiu de 0,53 para 0,33, uma redução de 2,4% por ano.
(As unidades são kg de petróleo equivalente por dólar americano constante de 2010).

Ideia 3 = Como os recursos naturais são finitos e a população está a crescer, tem que se concluir  que, no futuro, vamos ter menor qualidade de vida, isto é, menor acesso a bens e serviços.
Esta ideia está errada porque não inclui o desenvolvimento tecnológico (parte da Ideia 2 que está errada). 


O mais estranho é que o previsto futuro degradar do nosso nível de vida acontece se a população aumentar ("haverá menos recursos naturais por pessoa") mas também se diminuir ("haverá menos pessoas a trabalhar"). E também acontece se houver inovação tecnológica ("os robots vão acabar com os  nossos empregos") como se não houver ("não vai ser possível produzir mais com os mesmo recursos naturais").

Concluindo = Não acreditem nos pessimistas (que se chama malthusianos porque Malthus previu em 1798 que a humanidade se encaminhava rapidamente para a pobreza extrema) porque a inovação tecnológica vai permitir que economia continue a crescer (e a humanidade terá no futuro melhor qualidade de vida) mesmo com recursos naturais limitados.


O problema da energia já está resolvido.
Actualmente, gastam-se cerca de 0,3kg de energia por cada USD produzido. Isto traduz que uma pessoa de um país rico gasta mais energia que uma pessoa de um país pobre.
Sendo previsível que os pobres querem ficar ricos, por este efeito, é necessário aumentar a disponibilidade energética mas esse crescimento será menor que o crescimento da economia porque a necessidade de energia por unidade produzida diminui 2,4%/ano.
Em 1995 cada pessoa da Terra consumia 1,93 KW e em 2015 consumia 2,30KW, um aumento de 0,9%/ano.

A energia solar.
Para ter disponível 1 KW de energia eléctrica é necessário ter 5KW de potência nominal que, com a actual tecnologia foto-voltaica, precisa de 50 m2 de terreno (cobertos a 60%).
A energia foto-voltaica só está disponível quando há luz solar pelo que é preciso incluir no sistema barragens reversíveis que, no caso europeu, podem ficar nos Alpes e nos Pirenéus. Puxam água para cima durante o dia e turbinam para baixo durante a noite). 

Cada habitante da União Europeia gasta 4 KW, precisando de 200m2 para substituir toda a energia que gasta. Então, para os seus 446 milhões, serão precisos 89200 km2, uma área idêntica à de Portugal.
A UE precisa de cobrir 2% da sua área para não precisar de usar qualquer energia com origem que não solar!
E quantos km2 semi-desérticos, sem qualquer valia, existem em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Roménia? 


Para suprir todas as actuais necessidade energéticas da União Europeia será suficiente uma estreita faixa com painéis solares de Portugal à Ucrânia (aproveitando 3 horas de diferença de fuso horário), com barragens reversíveis nos Pirenéus e nos Alpes.

Greta, como hás-de resolver os problemas da humanidade?
É com tecnologia, não é com medo e catastrofismos à moda do Apocalipse.
Ai, como é que eu hei-de, 
como é que eu hei-de
Como é que eu hei-de me ir embora?
Com as perninhas todas à mostra
E os marmelinhos quase de fora…


1 comentários:

Silva disse...

O que condena a economia é o socialismo, o comunismo, o esquerdismo.

Os ordinários dos eleitores continuam a defecar quando votam.

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