A pandemia da COVID-19 já acabou mas a ditadura continua.
Se pegarmos nos dados, vemos que quando o sistema de saúde funciona bem, cerca de 1,4% dos positivos acabam por morrer passados 5 dias, isto é, morrem 14 pessoas em cada 1000 positivos.
O problema é que, no dia 1 de Dezembro de 2020 o nosso sistema de saúde entrou em rotura, situação que atingiu o valor crítico na segunda metade de Fevereiro em que morreram 41 pessoas em cada mil contaminados.
A rotura do SNS não permitiu evitar 4600 mortos.
De forma aceitável (principalmente porque já havia vacinas), atacou-se com o "estado de emergência" e fortes medidas restritivas das liberdades individuais.
Evolução da mortalidade onde se vê a rotura do SNS (que "causou" 4600 mortes) e o efeito da vacinação (dados, DGS, os pontos representam os valores diários e a linha a preto a média de 14 dias)
Mas, no entretanto, vieram as vacinas e tudo mudou.
Com as pessoas fechadas em casa, os contágios foram descendo o que foi retirando o sistema de saúde da rotura e, consequentemente, a mortalidade caiu de volta aos 1,4% em meados de Fevereiro.
E continuou a cair por causa da vacinação.
O número de positivos tem aumentado, há 4 semanas era de 329 positivos por dia e agora está em 491 positivos por dia (um Rt de 1,1) mas o número de mortes tem diminuído, há 4 a semanas era de 2,14 por diae agora está em 0,86 por dia (um Rt de mortes de 0,7).
Nesta última semana, a mortalidade está em 1,8 mortes por cada 1000 contaminados que é substancialmente diferente de finais de Fevereiro quando a mortalidade era de 41 mortes por 1000 contaminados.
Hoje, a probabilidade de um "positivo" morrer é 22 vezes menos do que era em finais de Fevereiro.
Há quem queira que a ditadura se mantenha.
Faz-me lembrar a "ameaça do fascismo" que a esquerda repetidamente grita para justificar a perseguição a quem tem ideias diferentes das suas. "Cancelar" quem diz que faz sentido acabar com as empresas públicas de transportes colectivos de passageiros, bancárias, hospitais ou universidades.
Agora, dizer que há 240 positivos por 100 mil habitatentes não é a mesma coisa que dizer isso em Fevereiro porque a doença está muito mais benígna.
A índice deve ser corrigido pela mortalidade.
A índice, feminino para ser linguagem inclusiva, deve ser ponderada pela mortalidade em que o ponderador é 1 quando a mortalidade está nos 1,4%.
Enquanto que a taxa de incidência dos últimos 14 dias se tem mantido estável nos 60 por 100 mil habitantes, se corrigirmos pela mortalidade, a incidência corrigida está a cair atingindo actualmente o valor de 10 por 100 mil habitantes.
Está na hora, está na hora, do confinamento ir-se embora.
Já não faz qualquer sentido haver restrições à liberdade.
Está na hora de abrir tudo.
Rebentem-se as bolhas, abram-se os ingleses, os espanhóis, discotecas, bares, estádios de futebol, abra-se tudo.
E é falar dos ingleses que o Banana Rio e o Xicão identificam como fazer oposição?
Deixem isso para os ditadores do broquistas de esquerda.
E as variantes?
Se o perigo do Fascismo já não existe, fala-se do neo-fascismo e das ideologias neo-liberais.
Se a Covid-19 já não causa problemas, levanta-se o fantasma de que vai aparecer outra doença qualquer com o nome de variante indiana, brasileira, sul-africana ou da Merdaleja (que fica na região da Maximiana).
E a culpa é do Cabrita!
1 comentários:
A vacinação Covid continua lenta. Como sempre politica atrapalhando tudo.
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