A decisão quanto a duas doses foi arbitrária e teve a ver com a pressa.
O teste de uma vacina demora tempo mas, com os testes às vacinas da Covid-19, não havia tempo.
Num ensaio normal a uma vacina, pega-se em 50000 pessoas e dividem-se em 2 grupos mais ou menos iguais em termos de vivência. Ao grupo A dá-se a vacina e ao grupo B dá-se soro fisiológico (o placebo).
Ao longo dos dias, vai-se vendo quantas pessoas adoecem em cada um dos grupos. Se a vacina for eficaz, vão aparecer menos doentes observar que no grupo vacinado.
Quando se dá a segunda dose?
A partir de determinado dia, o número de doentes no grupo de vacinados deixa, em termos estatísticos, de diminuir (há um teste para isto). No caso da redução não ser aceitável, nessa altura aplica-se a segunda dose.
No exemplo que mostro (uma simulação) ao fim de 30 dias detecta-se que parou de diminuir, com uma eficácia de 80% (acontecem 8 contaminados nos vacinados e 40 nos outros), o que ainda se considera muito.
Depois da segunda dose, espera-se que continue a diminuir o número de doentes no grupo vacinado até que pare novamente de diminuir (acontece por volta do dia 45).
Por exemplo, a segunda dose da BCG só é dada 6 meses depois da primeira dose.
E quando vem a terceira dose?
Quando, depois da segunda dose, a diminuição para com um número de doentes nos vacinados ainda elevado.
Mas o mais vulgar é, acompanhando os vacinados ao longo do tempo. Há casos em que o número de doentes vacinados se mantém constante mas, se for detectado esse número começa a aumentar, chegou a hora da terceira dose.
Por exemplo, na BCG, a protecção diminui a partir dos 3 anos.
Não é preciso medir anticorpos nem mostrar a língua.
Não interessa nada saber seja o que for sobre anticorpos ou os mecanismos de funcionamento das vacinas (os pais das vacinas, o Pasteur e o Kock, não sabiam nada disso), interessa é observar o número de casos.
Vamos a Israel.
Israel acreditou desde a primeira hora no poder da vacina e, por isso, pagou caro e vacinou rapidamente a sua população (a primeira dose foi dada no dia 19 de Dezembro de 2020).
Controlou o primeiro grande surto com isolamento (atingiu um máximo de 5370 casos por dia e caiu até 680) mas atacou o segundo grande surto com vacinação.
Vacinou, vacinou, vacinou e o número de casos foi caindo de um máximo de 7600 casos por dia até 21 casos por dia decorridos 5 meses e 11 dias desde a primeira injecção.
Estatisticamente, decorridos esses 5 meses e 11 dias, o número de novos casos recomeçou a aumentar estando hoje próximo dos 8000 casos por dia.
Os dados são claros como a água, só não vê quem não quer ver.
E não é vacinar os 100 mil mais vulneráveis, vai ser preciso vacinar TODAS AS PESSOAS ao fim de 6 meses de terem apanhado a segunda dose.
São 50 mil injecções por dia.
E sempre que volte a começar a aumentar, nova injecção.
Até pode acontecer a coisa piorar.
Se entre a primeira e segunda dose, pela urgência, se usaram 28 dias (dizem que deveriam ter sido 60 dias), e agora vai ser dada a terceira dose passados 6 meses, nada indica sobre o futuro, até pode acontecer o caso de passar a ser necessária um injecção todos os meses.
E até pode, mesmo com a actual variante indiana, a eficácia começar a diminuir (como diminui a protecção da BCG).
Só o futuro o irá revelar!
Fig. 3 - Há 90 anos, quando era uma gaja toda boa, já sabia que, se não morresse nova, ia ficar velha. Quanto à vacina da Covid-19, não se sabe nada.
4 comentários:
A sabotagem irá continuar, já as farmacêuticas aproveitam para vender vacinas.
vc a defender as vacinas está ao nivel de um esquerdista a falar de economia. alias, abaixo.
Cosme, lá da loja mandam-te um abraço.
Ah Cosme, Cosme. Tu e as tuas condices.
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