Um dia, encontrei um vizinho na entrada.
Era o Sr. Nelson, acompanhado pela esposa.
Tinha-me chegado aos ouvidos de que estava muito doente, internado no hospital, pelo que, quando o vi a entrar, logo lhe perguntei "Como vai essa saúde?".
O Sr. respondeu "Mais ou menos, vamos ver se isto melhora."
A mulher inclinou a cabeça em sinal de dúvida e eu notei que nem ele acreditava no que estava a dizer.
Mas eu atirei mostrando um forte convicção mas fingida "O Sr. é muito novo, ainda vai romper muitas solas, com a comidazinha da sua esposa, daqui a nada isso é passado".
Passado dois dias, chegou a notícia "O Sr. Nelson, o teu vizinho do último andar, sabes quem é? Morreu hoje."
Com o Marques Mendes passa-se o mesmo.
Anunciou a candidatura com toda a convicção de que ia ganhar e fazer diferente mas é uma convicção fingida. Se não é fingida, então, ainda é mais burro do que eu imagino.
Mas não só ele, passa-se o mesmo com o Tó Zé Seguro e com o Vitorino em que estão os 3 no mesmo lote de probabilidades do Tino de Rãs.
Em teoria,qualquer um deles pode ganhar, tal como eu podia ganhar quando me candidatei a director da faculdade, mas na realidade, vão perder todos, como eu perdi com zero votos (Só não foi uma grande derrota porque só havia 15 votos disponíveis e eu não votava :-).
Não me parece nada inteligente um político falar por meias palavras e insinuações.
O Mendes queria atacar o Marechal de Águas Salgadas Seringas mas nunca disse o nome dele, insinuou. Fica feio e não o leva a lado nenhum.
Deveria dizer claramente:
"O Seringas é um homem íntegro, que viveu sempre honestamente e reduzido ao seu salário, nunca fez negociatas nem tomou proveito das posições que foi conseguindo ao longo da vida para pescar bacalhaus nem robalos mas eu sou melhor como presidente da república porque tenho experiência política."
Mas não há nada que salve estes 3.
Eu penso que se eu avançasse como candidato e só houvesse estes 3, eu ganhava à primeira volta.
O Tó Zé parece honesto mas devia chamar-se António António, Tó Tó.
O Vitorino e o Mendes, e neste ponto é a única vez que estou de acordo com a esquerdista Ana Gomes, são entendidos pelo povo como o melhor que há dos fazedores de negociatas à sombra do Estado.
Um telefonemazito aqui, uma palavra na orelha acolá e desbloqueiam coisas que nunca deveriam estar bloqueada e, lá vêm os honorários de uns milhares que metem ao bolso. Não é que seja ilegal o que fazem, até prova em contrário, são muito sérios mas é assim que o povo os vê, o povinho olha para eles e só vê jogadas e envelopes.
Tipo Vara que, mesmo sem nunca ter entrado num barco, logo pescou uma caixa de robalos. Imago o que faria se fosse Marechal de Águas Salgadas, eram contentores de 25 toneladas de robalos.
É que um robalozito de 4 kg vai nos 150€ a cabeça.
E ainda há o Gusto, o Terrível.
O único pensamento deste estadista é "Chega, chega de insultos, chega de degradarem as instituições, chega de porem vergonha no nosso Portugal."
Não é que o Gusto é professor catedrático de Sociologia e não sabe que, depois de "chega de" o verbo tem de estar no infinitivo impessoal?
Eu, que nunca tive mais 10 a português e dou 10 erros numa frase com 5 palavras, pedi o apoio do chatGPT.
Pergunta: Quando se diz uma frase como "chega de matarem moscas" o verbo matarem deve estar no infinitivo?
chatGPT: Na frase "chega de matarem moscas", o verbo "matar" deve estar no infinitivo impessoal, ou seja, "chega de matar moscas". Isso acontece porque, após a expressão "chega de", usamos o verbo no infinitivo impessoal (não flexionado), independentemente do sujeito.
Um catedrático de Sociologia que só tem desculpa por ser catedrático na mesma faculdade de onde fui despedido e onde é catedrático de economia o "sábio" do PSD que não dá uma para a caixa.
Mais um pouco, ouvimos o Gusto dizer "Os pubelemas que houveram tamém foram por culpa dos deputados do CHEGA."
Houveras de chegar a algum lado em que houveras de tiveres poder e estávamos todos fodidos, pior que na Venezuela.
No final, fica o Ramalho Eanes II.
O Seringas é tal e qual o Ramalho Eanes mas uns 20 anos mais novo.
A figura hirta, as poucas palavras, o discurso que não corre nem discorre mostra a repetição de 1975.
E que me lembre, ninguém conhecia o pensamento político do Ramalho Eanes.
Seria o Eanes um homem da esquerda ou da direita? Seria do CDS, PSD, PS ou PCP?
Não era de nada disto, era um institucionalista.
Dá-se ao Seringas o livro de instruções que se chama Constituição da República Portuguesa e, estando a favor ou contra, logo ele dá cumprimento ao que está na receita.
Diz "Embarquemos" e não vale a pena dizer "Mas o barco está a meter água."
"Recebi uma ordem para embarcar, por isso, embarquemos."
À pergunta "Ao que é que pensa sobre isto Marechal Seringas?" vai responder:
"A Constituição da República Portuguesa diz no artigo tal que se deve fazer isto e não outra coisa."
Para terminar, vou mostrar como nos comparamos com os USA.
Esta licença de construção está há 25 anos encravada.
Portugal e a Europa só se preocupa com regulamentações. No outro dia fiz uma pergunta ao chatGPT cuja resposta está na Wikipédia e que, tendo começado a dizer, logo veio uma voz em inglês dizer "essa pergunta viola as directrizes de segurança."
Eu ainda disse "mas está na Wikipédia!" mas não resolveu.
Uns fulanos pediram em 2000 licença de construção para um terreno na Rua de Grijó no Porto.
Decorridos 25 anos, parece que finalmente, o problema vai ser resolvido, parece, porque pode acontecer que volte tudo à estaca zero (ver).
Penso eu que todos estes entraves mais não são que criar oportunidades para que os envelopes entrem em movimento.
Lá cai eu outra vez no que o povo pensa sobre o Mendes e o Vitorino!
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