A nossa constituição defende o direito à habitação (Art. 65.º).
Claro que a Constituição clarifica que é preciso ponderar o direito à habitação com o interesse geral (alínea c, par. 2), mas não vejo de que forma algumas pessoas viverem numa barraca colide com o interesse geral.
Há o direito à propriedade privada.
Sim, as pessoas não podem fazer barracas e desvalorizar terrenos privados mas já não acho que a ocupação de terrenos de propriedade pública desocupada, degradada, fora da vista deva ser proibida.
E se há legislação em que o Estado vai 'buscar' casas privadas desocupadas para arrendar a custos controlados, não vejo a razão de não ir buscar terrenos desocupados, fora da vista, a título provisório, para que pessoas de baixos recursos possam aí construir barracas.
O problema da falta de casas está na cultura Woke.
Eu ouvi as entrevistas às pessoas de São Tomé cujas 51 barracas foram demolidas em Loures. O principal dado que retirei foi que cada barraca custou 2000€.
Sim, exactamente, 2000€ para fazer uma casa para uma família. Mudei de barraca para casa porque as pessoas que lá vivem sentem-se felizes e contentes com o que têm.
Falta electricidade e falta água potável? É uma coisa barata de meter e que as pessoas estão disponíveis para pagar.
Falta saneamento? É uma coisa barata fazer uma fosse séptica (em locais longe da rede) ou uma ligação à rede de esgotos.
Há risco de incêndio (diz o Carneiro do PS)? Todos os dias morrem pessoas em acidentes na estrada e não destroem os carros. Então, a câmara de Loures que coloque bocas de incêndio e afixe um aviso a dizer "As pessoas que vivem aqui assumem todos os riscos inerentes a viver em barracas".
Um T2 num bairro social custa ao contribuinte mais de 100000€.
Um simples T2, numa terriola qualquer, tem um custo para o contribuinte de mais de 100000€ que, por comparação, dão para infra-estruturar um "parque de barracas" com capacidade para 100 barracas, 500 pessoas.
Naturalmente, qualquer imigrante que cometa ilícitos, tem de ser imediatamente expulso do país mas, quem trabalha para o bem comum, não vejo porque não pode viver onde o seu rendimento é capaz de pagar.
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