segunda-feira, 29 de junho de 2015

Calma, calma, que não aconteceu nada.

A Grécia fechou os bancos e nada nos aconteceu.  Nos últimos dias os esquerdistas bem anunciaram aos 4 ventos de que hoje Portugal iria ser vítima de um "ataque dos especuladores internacionais" que iriam fazer a Maria Luís engolir toda a sua bazófia. Mas, como eu sempre o disse, nada aconteceu. As taxas de juro que medem o nosso risco de curto prazo mantiveram-se praticamente inalteradas. As obrigações de dívida pública portuguesas a 2 anos desvalorizaram 0,2%, o que é totalmente insignificante, mantendo-se a taxa de juro bem abaixo da taxa de inflação prevista para os próximos 2 anos pelo BCE (1,4%/ano). Fig. 1 - Só à lupa é que se vê alguma coisa. Mas a comunicação social diz que as taxas de juro estão a subir muito. Mas é totalmente...

domingo, 28 de junho de 2015

16 - A operação

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (15 - A recusa)     16 – A operação  Lá foram aquelas 8 mulheres pela calada da noite em direcção à casa da Maria Zé.  – O Francisco não me vai abrir a porta. Como a Júlia esteve lá, a Maria Zé vai desconfiar e vai proibi-lo de me abrir a porta. O meu filho é muito respeitador do que diz a mulher pelo que não vai fazer nada. – Vamos então mudar de estratégia, apanhemos um pouco de caruma para podermos fazer uma fogueira à porta de casa deles. Quando a luz da fogueira começar a entrar pelas frinchas, o Francisco vai acreditar que há um incêndio e vão sair cá fora para ver o que se passa. Também vamos bater no porco...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

15 - A recusa

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (14 - A existência)     15 – A recusa A Maria Zé começou logo a tentar dar cumprimento ao que tinha prometido a Deus e, passado uns meses, a tentativa deu resultado: nasceu um menino que, por conselho da mãe, tomou o nome do seu irmão que tinha morrido no defumadouro, Simeão, para que nunca mais houvesse recordação dessa criança. Desta forma, o erro de Deus ficou anulado com a única diferença da criança ter ficado um anito mais nova. Dada a experiência de ter observado o desenvolvimento do Rúben, normal, e do antigo Simeão, doente, o desenvolvimento do novo Simeão foi fazendo com que a Maria Zé ganhasse confiança de que a sua criança...

domingo, 21 de junho de 2015

14 - A existência

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (13 - O cortejo)     14 – A existência Como ficou combinado, certo dia o Padre Augusto voltou ao consultório do Dr. Acácio para trocar mais umas palavras sobre as mortes das crianças. – Salve Sr. Dr., venho cá hoje para discutir outro problema que me confunde e que, no outro dia, não tive tempo para lho colocar. Como é possível que as pessoas façam um contrato para que “sejam devolvidos ao Pai do Céu” os filhos que nascerem com a doença e, depois de as darem ao mundo, resultar uma forte sensação de perda quando é executado o que tinham planeado? Pessoalmente, penso que isto não tem qualquer racionalidade, será que o Sr. Dr....

quarta-feira, 17 de junho de 2015

13 - O cortejo

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (12 - O foral)     13 – O cortejo A Maria Zé chegou a sua casa acompanhada pela mãe pouco passava das 15h quando a Sr. Celeste e a Menina Dulcinha já tinham tudo preparado. Depois de terem retirado os bancos da sala para que coubessem mais pessoas, forraram as paredes com um pano branco, fininho como gaze. Colocaram a mesa no meio da sala que usaram para pousar a urna com a criança morta. No fundo colocaram flores. Contrariamente ao que era normal, a criancinha estava na urna deitada de lado, disposição criada pela Dulcinha para dar mais visibilidade às asinhas brancas que a criança tinha nas costas e que saiam parcialmente da...

domingo, 14 de junho de 2015

12 - O foral

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (11 - A multiplicação)   12 – O foral O Sr. Padre Augusto continuou com um pouco de história. – Quando as pessoas foram expulsas do Vale, viveram tempos terríveis. Na altura, referem os livros de registo que tenho, havia no Vale 938 pessoas do meu povo mas, por causa da matança, só conseguiram fugir para cá 492, fugiram para este monte que pertence ao Arquiduque. Como na altura não havia por aqui abrigos, no primeiro inverno morreram ainda muitas pessoas de frio e de fome de forma que só 306 pessoas chegaram à primavera seguinte. Nessa altura o Arquiduque deixou-se tocar no coração e assinou o foral que permitiu que desde então possamos...

quarta-feira, 10 de junho de 2015

11 - A multiplicação

Crime e Redenção  Pedro Cosme Vieira ______________________ Ver o capítulo anterior (10 - O almoço)   11 – A multiplicação O Padre Augusto sentia-se obrigado a dizer aos seus paroquianos que tinham que dar cumprimento ao mandamento divino “Crescei, multiplicai-vos e povoai o Mundo” mesmo que as crianças, se não morressem ainda pequeninas da doença e por causa da fome, estivessem condenadas a uma vida de trabalho penoso, perseguição e miséria. Por esse mandamento ter repetidamente resultado em tragédia, depois do almoço, contrariamente à habitual recolha para meditação, decidiu ir conversar um pouco com o Dr. Acácio sobre o que a Ciência tinha a dizer sobre o assunto. Pôs o seu chapéu preto e lá foi rua fora pelos caminhos...

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A inovação tecnológia e o nível de vida

A ameaça dos robots.  Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades (Camões) e, nas últimas décadas, a mudança tem passado pelo aparecimento de "robots" cada vez mais sofisticados. O problema da mudança é que as pessoas são parecidas com os animais que, em jovens, procuram novos territórios mas que, em velhos, querem manter o seu reinozinho. Assim, quando somos jovens somos irreverentes, apontamos novas soluções, queremos quebrar o estado das coisas, abraçamos a mudança e a inovação mas, quando chegamos a mais velhos, tornamo-nos conservadores, queremos que o mundo se mantanha como o imaginamos há décadas atrás. Como quem nos governa é velho, a mudança é muito dificl de acontecer. É por isso que o padre da...

Page 1 of 17212345Next
Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code