quinta-feira, 22 de abril de 2021

O "Sistema Capitalista de Produção" é uma invenção de Karl Marx

O ministro Pedro Nuno Santos referiu-se à GroundForce como "capitalismo sem capital".

Acontece que o termo Capitalismo como a organização da sociedade em que os meios de produção são propriedade privada, existe liberdade de decidir o que produzir e como e os preços são determinados no mercado, é uma invenção de Marx (1867) no seu livro O Capital.

Até então, o capitalista era uma pessoa que tinha bens, um rico. Com o desenvolvimento, nos finais da idade média, do comércio, começaram a surgir pessoas do povo com riqueza, os mercadores, que ao viverem na cidade (no burgo) começaram a ser referidos como burgueses. Como o ser humano é intrinsecamente invejoso, o capitalista era tanto mais mal visto quanto mais fosse rico, pelo povo e mesmo pela aristocracia.

Marx designa a economia de mercado como Sistema Capitalista com um objectivo pejorativo.

Por isso, metam no vossa cabeça: o capitalismo não existe, o que existe é a economia de mercado.

 

A Economia de mercado organiza-se em agentes económicos tipificados.

Por um lado, temos os Consumidores e, por outro lado, temos os Empreendedores.

Os Consumidores adquirem bens (pelos quais pagam o preço) mas também fornecem trabalho (pelo qual recebem o salário) e poupam (pelo qual recebem juros, rendas e dividendos).

Os Empreendedores produzem os bens (pelos quais recebem o preço) usando trabalho (pelo qual pagam o salário) e máquinas e instalações (pelas quais pagam juros, rendas e dividendos).

Apesar de o Empreendedor poder ser o dono legal das máquinas e instalações, deve o "dinheiro" aos aforradores, pagando um juro.

 

 Mark (e todos os esquerdistas) confundem capitalista com empreendedor.

O Empreendedor tem a ideia do negócio, montou o processo produtivo de forma eficiente e pediu recursos aos aforradores (pediu crédito). O Empreendedor tem domínio sobre o processo produtivo e vai ter lucro se for capaz de gerar mais valor que a concorrência. 

     Lucro = Venda dos bens produzidos - Salários pagos - Juros, rendas e dividendos pagos.

Assim, o lucro é a margem de optimização que o empreendedor consegue além do que existe.

O capitalista é o dono dos fundos, somos todos nós que temos "dinheiro no banco". Emprestamos esses recursos aos empreendedores mas não temos poder de decisão sobre o processo produtivo.

O Pedro Nuno, porque foi beber a Marx a sua economia, confunde estas duas coisas.


Quanto "capital" meteu o Jeff Bezos na Amazon?

Zero. E tem hoje activos no valor de 195 mil milhões de USD.

Quanto "capital" meteu o Elon Musk na Tesla?

 Zero. E tem hoje activos no valor de 175 mil milhões de USD.

Quanto "capital" meteu o Bill Gates na Microsoft?

Zero. E tem hoje activos no valor de 140 mil milhões de USD.

Quanto "capital" meteu Mark Zuckerberg na Facebook?

Zero.  E tem hoje activos no valor de 110 mil milhões USD.

 

Vamos supor que a TAP era privada.

Vamos supor que era uma empresa estratégia para Portugal como dizem os esquerdistas.

Nesse caso, da mesma forma que o estado cobre o prejuízo da empresa por ser pública, também deveria cobrir o prejuízo na medida em que não fosse por culpa de má gestão do privado.

 

Se o Estado tem uma prisão.

A prisão só dá prejuízo, cerca de 60€ por dia por cada preso, um total de 276 milhões € por ano. Mas, se virmos a "prisão" como estratégica para o país, vemos a prisão como produtor de um serviço (guarda os criminosos) e, por isso, o prejuízo transforma-se em custo de funcionamento.

 Agora, acharíamos aceitável alguém privado receber 40€/dia para guardar os criminosos.

O prejuízo de 1230 milhões € da TAP (e das demais empresas públicas) é visto com os mesmos olhos que as cadeias, "A TAP presta um serviço imprescindível a Portugal" mesmo que ninguém consiga ver que serviçoé esse. 

Mas se o serviço é imprescindível, seria aceitável a TAP ser privada e o Estado dar esses 1230 milhões € como "pagamento do serviço estratégico".

Será que a TAP teve em 2020 menor prejuízo do que teria se se o David Neeleman e o Humberto Pedrosa fossem accionistas maioritários e gerissem a empresa?

Não me acredito mas, neste caso, o comunistazeco ficaria cheio de inveja dos "capitalistas sem capital".

 

O Estado deveria cobrir o prejuízo da Groundforce a fundo perdido.

Há ajudas para toda a gente menos para a Groundforce e o ministro ainda mover os cordelinhos para estrangularem financeiramente a empresa.

O que o comunistazeco quer é a nacionalização de tudo e viu uma forma de o fazer: força as empresas à falência.

 

Quanto nos vão custar as maluqueiras do comunistazeco?

Não é que o fulano que comboio para todas as sedes de distrito!

Que sentido económico faz repor a linha até Bragança!

Nenhum.


O Pedro Nuno Santos é outro Sócrates, megalómano e tresloucado, que nos vai deixar a pedir.


2 comentários:

Anónimo disse...

O que estes esquerdo-patetas não compreendem é que todos os trabalhadores são "Capitalistas", capitalizam o seu tempo, o seu conhecimento / capacidade que produz um resultado com vista a obter um retorno, o Salário ao fim do mês. Se Portugal tivesse maior liberdade económica e menos comunismo venerado por pseudo-intelectuais como o PNS talvez existisse salvação, assim..

Professor fica como sugestão para um post, o grande ataque ao mercado livre e liberdade económica que está a ocorrer no ocidente, como se tivessem todos a ambição de "Importar" uma economia planificada tipo a chinesa. Estados autoritários que vão controlar tudo, e a tecnologia vai ajudar.

CC

Silva disse...

"O Pedro Nuno Santos é outro Sócrates, megalómano e tresloucado, que nos vai deixar a pedir."

Caro PCV

É preciso culpar também os merdas dos eleitores que votam nessa escumalha.

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