O crime apenas existe porque existe porque alguém escreveu uma lei criminal!
Com esta frase pretendo que compreenda que o Crime não é algo absoluto, é uma acção que a alguém decidir dizer que não se pode fazer, criou a Lei.
A Lei, inicialmente, surge com justificação divina, foi o próprio Deus quem ditou os X Mandamentos a Moisés mas, com o passar do tempo, a revelação divina foi sendo substituída pela eficiência.
O pastor ser "rei" de parte do território favorece todos => cria-se a propriedade privada.
A propriedade privada é muito antiga porque, mesmo na sociedade pastoril, aumenta a capacidade de produzir bens num determinado território (que se denomina por produtividade).
Vamos supor que há 100 ha de terra e 100 pastores.
Cada ha de terra produz 100kg/dia de erva.
Cada animal transforma a erva que comer em leite segundo a regra
Leite = (Erva comida - 2) ^0,5
Esta regra traduz que o animal precisa de 2kg/dia apenas para se manter vivo e que o rendimento é decrescente (para produzir o dobro tem que comer quatro vezes mais).
Situação 1 = A terra é privada (cada pastor tem 1ha).
A produção máxima acontece quando há 25 animais por agricultor, sendo a produção de 35,4 litros/dia para cada agricultor.
Situação 2 = A terra é comunitária (os 100 pastores têm 100ha).
Os 100 pastores vão ter um total de 2500 animais que é o valor óptimo mas, individualmente, se um pastor tiver mais um animal, consegue aumentar a produção.
Isto traduz que o óptimo não é um Equilíbrio de Nash (cada indivíduo tem incentivos a mudar a sua acção).
Haver mais um animal faz diminuir o total produzido mas como o pastor tem mais um animal, essa perda só acontece para os outros. Se um pastor pudesse decidir o tamanho do seu rebanho "obrigando" os outros a terem apenas 25 animais, iria ter 1560 animais o que diminuiria o total produzido em 20%.
Se cada pastor puder escolher o tamanho do seu rebanho sem conseguir limitar o tamanho do rebanho dos outros, cada pastor vai ter 50 animais em que a produção total é ZERO.
As sociedades sem propriedade privada desapareceram.
Como não era eficiente a propriedade comunitária da terra, as sociedades que, por acidente, inventaram que "Deus defende a propriedade privada", acabaram por suplantar as sociedades onde "Deus disse que a Terra pertence a todos por igual".
O Crime, a lei que proíbe, surge porque aquela acção individual torna a sociedade ineficiente.
Matar os vizinhos até pode, à primeira vista, ser lucrativo para o assassino mas obriga a aplicar recursos na defesa individual (muralhas, sistema de vigilância, treino de defesa pessoal) sem haver, no fim, qualquer ganho.
Por outro lado, se matarmos os nossos vizinhos, quando a nossa aldeia for atacada, não haverá pessoas suficientes para nos defendermos (até posso ficar o proprietário de toda a aldeia mas os da aldeia vizinha vêm e matam-me porque não "temos homens" suficientes para defender a nossa aldeia).
Vamos agora ao castigo.
O problema da Lei é que, para ser cumprida, tem que haver algo que iniba os "criminosos" de actuar.
A inibição pode ser por prevenção (policiamento, câmaras de vigilância, portas blindadas, coletes à prova de bala) e por dissuasão (quem cometer o crime vai sofrer uma pena muito superior ao lucro do crime).
As penas têm custos diferentes e diferentes capacidades de dissuasão.
A mais dispendiosa das penas é a prisão. Em Portugal, uma pessoa presa durante um ano tem um custo para o contribuinte de 20000€.
Se pensarmos que há pessoas anos presas por conduzirem sem carta, vemos que nem sempre o Estado é racional. Ficaria mais barato ter uma escola especial para estas pessoas.
A eficiência obriga a escolher penas que sejam capazes de dissuadir e que sejam baratas de implementar.
Nas sociedades mais pobres, temos os trabalhos forçados e, para crimes considerados mais graves, a execução da pessoa. Nas sociedades mais ricas, é possível aplicar prisão perpétua. A "vida" do Renato Seabra na cadeia traduz um encargo de mais de 1 milhão de euros (se fosse na China, tau, 0,45€).
Mas pessoas querem vingança!
A vingança serve apenas para o criminoso saber, antes de cometer o crime, que apesar de ser muito custoso mantê-lo na cadeia, as pessoas estão disponíveis a pagar esse preço porque querem vingança.
Outra razão invocadas para as penas é "retirar o perigo da sociedade".
Mas esta razão é falsa e mais uma vez, apenas serve para garantir ao criminoso que, uma vez apanhado, vai cumprir cadeia.
Vamos agora aos químicos.
Vamos supor que uma pessoa matou outra e que, por causa disso, vai cumprir 20 anos e 10 meses de cadeia "para se recuperar para a sociedade". Estamos a falar de um custo para o contribuinte de 375 mil €.
Agora imaginem que, tal como o diabético fica curado se tomar insulina, havia um químico que "recuperava" instantaneamente a pessoa para a sociedade (nalguns países, é "cortar a mão que pecou"), talvez fosse aceitável esquecer a vingança e dar esse medicamento à pessoa que, assim, se tornaria um cidadão normal, sem custos para o contribuinte.
Cai nesta problemática a "castração química".
O esquizofrénico a quem "Deus manda matar" fica curado se tomar uma injecção de Haldol (verificar). Então, se existe a certeza de que a pessoa ataca outras porque é esquizofrénico, será de lhe perguntar "preferes ir para a cadeia ou ir uma vez por mês ao centro de saúde tomar um injecção para essas coisas da cabeça?"
Imaginemos um cigano que rouba electricidade do poste para a sua família. Será melhor metê-lo na cadeia (recordo, onde custa 1500€/mês) ou dizer-lhe "vamos-te ligar a electricidade e tens direito a usar, gratuitamente, 3kwh/dia por cada pessoa que vive no acampamento. Numa barraca com 8 pessoas, seria um custo de apenas 120€/mês e o cigano ainda faz umas feiras para ajudar a sustentar a família?
Vou então falar da "castração química".
A castração quimica é os homens tomarem a pílula!
Não existe evidência mas o imaginário popular quer acreditar que os crimes de natureza sexual são praticados por homens com um nível mais elevado de testosterona. Isto não é verdade mas vamos acreditar que sim.
Então, se diminuíssemos o nível de testosterona das pessoas condenadas por crimes sexuais, estes criminosos ficariam recuperados para a sociedade.
A castração química é tomar a pílula sem interrupção (os primeiros 21 comprimidos), estratégia usada pelas mulheres que têm dores menstruais especialmente se tiverem endometriose (acaba com a menstruação)
É assim em Israel!
Está identificado que não há terroristas com mais de 50 anos de idade. Então, as penas de prisão perpétua acabam assim que o terrorista faz 50 anos, nessa altura, até conseguem transformar o terrorista num agente duplo. Como que o pensamento das pessoas se altera por volta desta idade, é a crise dos 50!!
O problema do André Ventura é ninguém querer ouvir o que ele diz.
O que o André Ventura quer dizer é que os crimes sexuais não resultam de o individuo ser mau mas apenas de uma hormona que circula no seu corpo (a testosterona).
Se conseguíssemos controlar essa hormona com um comprimido diário e SE O CRIMINOSO O QUISESSE, podíamo-lo mandar em liberdade. Poupava-se dinheiro ao contribuinte e prejuízo ao criminoso.
Essa castração qumica mais não passa do que tomar a normal pílula das mulheres, é tomar hormonas femininas, estrogénios, numa dosagem segura.
O "castigo" problema para o homem seria ficar com menos barba e menos potencial!
Vejamos o caso do Carlos Cruz.
Foi condenado a 7 anos de cadeia por práticas sexuais com uma pessoa de 14 anos e outra de 16 anos.
Mesmo que isso fosse verdade, será que o Carlos Cruz era um perigo para a sociedade ao ponto de o contribuinte ter gasto 115 mil € para o manter na cadeia?
Não seria melhor dar-lhe um comprimido de farinha triga, e dizer ao povo que procura vingança "está impotente porque aceitou ser castrado quimicamente".
A droga é outro escândalo.
Os esquerdistas vêm defender a eutanásia como uma liberdade do individuo a dispor da sua vida.
E tomar drogas, não é uma liberdade do indivíduo?
Liberalizavam essa merda e tiravam esses drogaditos da cadeia.
Um dos sem-abrigo que guardam carros à minha porta e a quem eu, de vez em quando, lavo a roupa, esteve 14 anos preso por tráfico de droga. Um fulano que não faz mal a uma mosca e que custou ao contribuinte quase 300 mil €.
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