Nos micro-veículos existem dois tipos, as scooters e as bicicletas.
A scooter é um veículo muito antigo, talvez já existindo na idade da pedra que, ainda hoje é muito utilizado em África, feito de madeira, usado para transportar cargas pesadas (com a pessoa a caminhar ao seu lado).
A roda tem uma maior eficiência energética do que arrastar a carga porque o "arrastar" entre o eixo e a "cama" é inferior à distância percorrida. Por exemplo, usando um eixo de 5cm uma roda de 50 cm de diâmetro, a energia necessária na scooter reduz-se 90%.
O termo inglês "scooter" (a tradução literal é 'um pessoa que anda a grande velocidade') resulta de os jovens conseguirem andar de pé, a grande velocidade, na scooter primitiva.
A tradução para francês é "vélocipède" que deu origem ao termo velocípede.
Em português, a scooter mais simples chama-se trotinete (em Portugal) ou patinete (no Brasil), ficando o termos scooter reservado para uma espécie de motorizada (em que a pessoa viaja com os pés juntos).
A bicicleta é uma evolução da scooter onde o "pau" horizontal se transforma num quadro triangular metálico. Esta inovação diminui o peso do veículo, permite que a pessoa viaje sentada mas impossibilita que a pessoa "dê à perna".
O termos "bi" não se refere a haver duas rodas (a scooter já tem duas rodas) mas por ter sido acrescentada a "roda dos pedais".
Então, porque não faz sentido, em termos económicos, a bicicleta eléctrica ter pedais?
Porque a energia "humana" é muito mais cara que a energia eléctrica.
Um ciclista, a 20km/h em terreno plano debita cerca de 150W de potência mecânica. Por causa do rendimento da máquina humana ser na ordem dos 20%, para percorrer os 20 km a pedalar será preciso comer 250g de pão o que tem um preço na ordem dos 0,50€.
Em comparação, os 150W eléctricos, considerando que a bateria custa 200€/kwh, aceita 500 cargas e o preço da electricidade são 0,20€/kwh, têm um custo na ordem dos 0,10€.
Os pedais acrescentam complexidade à bicicleta.
A pessoa pensa que, ao pedalar, está a ser "amigo do ambiente" mas, por um lado, produzir 250g de pão gasta muita energia e, por outro lado, torna a bicicleta complexa, o que aumenta os custos (e a energia) de produção.
Além disso, a electricidade já é, na maior parte, produzida por fontes renováveis, com tendência para aumentar.
Custos.
Fiz uma pesquisa de e-sccoters e encontrei a Xiaomi Mi Electric Scooter Essential (Velocidade Máx: 20 km/h | Autonomia: 20 km) por 239€ (na Gtech) e a mais robusta Trotinete Eléctrica Xiaomi Mi Electric Scooter 1S (Velocidade Máx: 25 km/h | Autonomia: 30 km) por 339€.
São fáceis de arrumar (no transportes público, no elevador, no carro ou em casa).
Como a pessoa viaja de pé, não precisa de vestuário especial (por exemplo, as meninas podem conduzir de mini-saia). É uma desvantagem para viagens longas.
Já há bicicletas sem pedais!
O nosso governo ainda anda a investir em comboios que são uma solução, em termos económicos, completamente obsoleta. A iniciativa privada, vendo uma vantagem, aproveita-a logo em seu favor e do cliente.
A e-bike Storex Urbanglide 140 (Velocidade Máxima: 25 km/h, Autonomia: 18 km) está à venda na Radio Popular por 360 €, uns 100€ mais cara que uma e-scooter comparável.
E a Urbanglide C4, com pedais e mais robusta (Velocidade Máxima: 25 km/h, Autonomia: 33 km) está à venda na Radio Popular por 850 €, mais do dobro de uma trotinete comparável.
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