quinta-feira, 19 de junho de 2025

Urânio enriquecido a 60% é perigoso mas ainda não dá para fazer uma bomba atómica

Primeiro, tenho de explicar o funcionamento da bomba atómica de Urânio.

O Urânio é um metal que tem no núcleo 92 protões e tanto pode ter 143 neutrões (U235, 0.72% dos átomos) como 146 neutrões (U238, 99.68% dos átomos). Então, o enriquecimento do Urânio é a percentagem de U235 pelo que o valor natural é de 0.72%.


A bomba vive da instabilidade induzida.

Vamos supor que tenho uma massa de urânio e que um neutrão de elevada energia atinge essa massa. 

Em média, o neutrão vai percorrer 18 mm até colidir com um isótopo.

      Se colidir com o U238, 4.0% dos átomos 'rebentam' e 66.2% continuam rápidos.

      Se colidir com o U235, 16.3% dos átomos 'rebentam' e 63.2% continuam rápidos.  

      O átomo rebentado, são produzidos 2.8 neutrões.

Assumindo que, em média, 65% dos neutrões continuam rápidos, se continuar os seguir, terei que:

     Se colidir com o U238, 8% dos átomos 'rebentam'.

     Se colidir com o U235, 32% dos átomos 'rebentam'.

Multiplicando pela 'produção' (2.8 neutões por fissão), temos:

     Se um neutrão colidir com o U238, produzem-se 0.22 neutrões.

     Se um neutrão colidir com o U235, produzem-se 0.90 neutrões.


Para a bomba explodir, tem de ser produzido mais do que um neutrão.

Aqui é que está a importância do U235. É que, quando a energia do neutrão fica menor, uma colisão com o U238 não produz nada enquanto que continua a produzir quando colide com o U235.

Então, como o U235 vai produzir neutrões com todos os neutrões lentos, teremos que vai produzir mais do que 1 neutrão.

Fazendo uma tabela em que vou variando o nível de enriquecimento em U235, mostro que é necessário ter pelo menos um enriquecimento de 86.6% em U235.

Fig.1 - O corrente é usar enriquecimento de 93.5% em U235


Mas o U235 a 60% continua a ser material muito perigoso.

Vamos supor que o Irão pegava nos 400 kg de Urânio enriquecido a 60%, rodeava-os por 1000 kg de Urânio natural, metia num míssil e enviava tudo para o centro de Telavive.

Uma vez caindo, não haveria uma explosão mas tornava-se radioactivo, é a chamada "bomba suja".

Seria muito difícil, talvez mesmo impossível, resolver o problema.


Faz-me lembrar a reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.

Em tempos escrevi um posto em que disse ser possível a Ucrânia (ou alguém que tenha uma central nuclear) misturar 250 kg de combustível usado com 250 kg de explosivo e fazer assim, muito facilmente, uma bomba nuclear 'suja'.

Dias depois, ao ler o meu poste, o Putin pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU (isto é mesmo verdade).

O Irão tem uma central nuclear em Buxer (reactor VVER-1000) mas, como é controlada pelo Putin, torna-se muito mais difícil os aiatólas terem acesso ao material radioactivo mas mantém-se possível.

Por ser possível é que o Trump telefonou ao Putin para saber até que ponto o material radioactivo da central está seguro.

Vamos supor que o Putin dizia "Não está seguro", imediatamente, teria de haver uma intervenção militar (provavelmente da NATO) para garantir a segurança do material radioactivo.


Uma cosia é certa, U235 a 60% não serve para reactores nucleares civis.

Sim, os reactores usados para produzir electricidade usam enriquecimento inferior a 5% e os reactores compactos usados nos submarinos usam enriquecimento a 20%.

Porque razão o Irão andou a gastar rios de dinheiro a enriquecer o urânio a 60%?

O mais natural é pensar que pretende conseguir os 93.5%!

Não é preciso fazer deduções ao nível do Otávio Machado em que tudo ia parar a Pinto da Costa para o Netanyahu ver perigo nas acções dos Aiatólas.

Fig.2 - Perigo de furacona!!!!!!!!!!







quarta-feira, 18 de junho de 2025

Israel intervém no Irão a pedido do Trump para castigar o Putin

O Putin desrespeitou o Trump ao não aceitar interromper a guerra na Ucrânia.

Os ataques da Rússia contra a Ucrânia baseiam-se muito em armas enviadas pelo Irão principalmente os drones aéreos. Então, como o Trump não gosta de ser desrespeitado, colocou em marcha o plano que se repete ao longo dos séculos: cercar e estrangular as linhas de abastecimento ao tumor.

Falou com o Netanyahu e juntou-se a fome com a vontade de comer, um mata e o outro esfola.

Para o Trump, por um lado, fica mais barato e produtivo atacar a fonte do combustível do que o fogo e, por outro lado, pode continuar a ser "amigo" do Putin.

Fig.1 - Cortar as linhas de abastecimento é mais produtivo do que atacar o tumor directamente.


Não é possível Israel bombardear o Irão sem a ajuda do Trump.

Os aviões israelitas podem voar desde Israel até ao Irão mas, primeiro, precisam de atravessar países, Turquia, Síria , Iraque, Jordânia ou Arábia Saudita, que não o permitem (em termos oficiais).

Depois, os aviões precisam de ser reabastecidos o que apenas pode ser feito pelos americanos.

A distancia também ocupa os aviões muito tempo o que diminui a disponibilidade.  

Como já defendi, o mais provável é que o centro das operações aéreas seja no leste da Síria e que os aviões atravessem o Curdistão Iraquiano. Até podem mesmo estar no Curdistão mas tudo isto apenas é possível com o apoio do Trump que não precisa de autorização de ninguém para dispor do espaço aéreo sírio ou iraquiano. É que para o Trump, a força da lei internacional está na força e não na lei.

Além disso, os aviões israelitas (todos produzidos na América), precisam de protecção.

Digamos que o "dono daquilo tudo" é o Trump e que, por isso, é quem dá a autorização.


Se o Irão fechar o Estreito de Ormuz, o grande beneficiado é o Trump!!!

Os comentadores são todos (menos o Irineu Teixeira da NOW) a favor dos tiranos iranianos e associados a ponto de dizerem que a queda do regime dos aiatólas será "ainda pior do que a queda do al-Assad na Síria".

Mas os analistas pensam que estamos em 1973, quando os USA eram o maior importador de petróleo.

Hoje, os USA são o maior produtor mundial de petróleo e de gás-natural pelo que, aumentando o preço da energia, são eles os maiores beneficiados.

Os USA produzem 13.5 milhões de barris de petróleo por dia, 16% do total mundial, enquanto que o Irão produz 4,1 milhões.

Os maiores prejudicados são os países asiáticos (Japão, Índia, China, Coreia do Sul) e os europeus porque são importadores de petróleo.

Os beneficiados são os restantes produtores de petróleo, com os USA à cabeça seguem-se a Arábia Saudita e a Rússia. 

Produção e consumo de petróleo por país (dados: Wikipédia)


terça-feira, 17 de junho de 2025

No Irão, os aiatolás vão cair e a culpa é da 'operação especial' do Putin na Ucrânia.

Os comentadores da nossa comunicação social estão a tentar enganar o povinho.

Diziam que, se Israel atacasse Gaza, o Hezbolá iria 'desfazer' Israel com os seus 120 mil combatentes bem treinados, centenas de milhar de misseis e porque 'não se consegue destruir um movimento social de resistência".

Começou o ataque a Gaza à força toda, tudo arrasado, e, realmente, o Hezbolá mandou uns mísseis mas, logo a seguir, bummmm, milhares foram ter com Deus quando os pagers rebentaram junto aos tintins e o chefe, em pedaços pequeninos, ficou enterrado a mais de 30 metros de profundidade.

Resposta do Hamás? Quase, quase, quase nada.

Diziam que com o Al-Assad da Síria era diferente, que a Síria era um estado muito mais forte do que Israel, com um dos maiores exércitos do médio oriente e com experiência de 14 anos de combate.

Mas umas noites de bombardeamento e o Al-Assad caiou, literalmente. Continuam a dizer que está em Moscovo e até pode estar, mas no Panteão dos Amigos de Putin.

Agora é o Irão. Dizem os comentadores que tem milhares e milhares de mísseis mas não se vê quase nada. Se tem milhares e milhares, porque será que ainda só mandou umas dúzias deles?

"Os Aiatolás estão em contenção porque não querem ser como o Netanyahu, são pessoas de paz que, só por acidente e apenas para manter a paz, enforcam todas as pessoas que discordam".


O problema está na 'operação especial' de Putin.

É que antes de 2022, um qualquer amigo do Putin tinha um problema e logo eram enviados 50000 combatentes bem armados da Wagner. Metiam-se em aviões e, em poucas horas, controlava a situação. 

O problema é que o Zelensky triturou as tropas da Wagner em Bakmut e o seu patrão, o Prigozhin, foi mesmo executado pelo Putin por discordar das tácticas usadas na Ucrânia.

Depois, o fluxo de ajuda militar teve de ser invertida. Os mísseis do Hezbolá e do Irão tiveram de ser enviados para o Putin, deixando os "pés destapados". 

Onde estão as defesas aéreas, os famosos sistema S-300 e S-400, e os aviões de combate que a Rússia forneceu ao Irão e à Síria?

Tiveram de ser devolvidos à origem para ajudar nos bombardeamentos a Kiv (a capital ucraniana chama-se KIV em ucrâniano e KIEV em russo) .


Os aviões Israelitas actuam a partir da Síria.

É difícil voar desde Israel até ao Irão e voltar porque é muito longe. Mas os aviões israelitas estão pousados na Síria e é de lá que se lançam para atacar o Irão.

O presidente da Síria, o Ahmed al-Sharaa, sabe que a melhor política que deve seguir é dar carta branca a Israel fazendo de conta que não se passa nada. O al-Sharaa sabe que nunca teria conseguido derrubar o al-Hassad se não fossem os bombardeamentos israelitas e, por isso, mete a coisa debaixo do tapete.

Se alguém se lembra, quando al-Sharaa foi perguntado sobre a invasão dos Montes Golam por Israel, disse "Os nossos inimigos são os russos da Wagner, os iranianos das Guarda Revolucionária e o Hezbolá que enviaram tropas para nos esmagar, o povo sírio está cansado de guerras." 


Teerão tem de se render porque não tem defesas aéreas.

Quando o espaço aéreo está protegido por sistemas de defesa anti-aérea, como mísseis terra-ar S-300, as forças aéreas israelitas são obrigadas a lançar as suas bombas de grande altitude, fora do alcance dessas defesas. Isso exige o uso de munições guiadas de precisão, como a GBU-39 de 113 kg (Small Diameter Bomb), que custam cerca de 35 000 euros por unidade.

Mas o céu de Teerão está "limpo", ou seja, está sem defesa aérea, pelo que os aviões israelitas podem voar a baixa altitude e usar bombas convencionais de queda livre, conhecidas como bombas burras (como a Mk 81), com custos na ordem dos 900 euros por unidade. Embora estas bombas não sejam  tão precisas como a GBU-39, o voo a baixa altitude permite terem idêntica eficácia sobre alvos fixos e visíveis como é o caso dos edifícios que vemos serem demolidos em Gaza.

Em suma, Israel é capaz de demolir integralmente Teerão com um custo de apenas mil milhões de euros.


Por comparação, os mísseis iranianos têm um custo de 200 000 euros cada.

O Irão possui vários tipos de mísseis de cruzeiro, sendo o mais numeroso o Soumar, derivado do míssil soviético Kh-55, com longo alcance e capacidade para transportar ogivas contra Israel.

O custo estimado de um míssil de cruzeiro iraniano Soumar (ou de derivados como o Hoveyzeh) ronda os 200 mil euros por unidade.

Ou seja, pelo preço de um único míssil lançado pelo Irão (a maioria dos quais nem chega ao destino, caindo em lugares despovoados ou com palestinianos), Israel poderia largar 200 bombas sobre Teerão (deixo o que sobra para a gasolina dos aviões :-).

Cai um míssil algures em Israel, caiem 200 bombas no centro de Teerão. 

Ninguém aguenta esta desproporção.


Uma respostazinha a um cometário.

Um cometarista perguntou se "a igualdade não é uma coisa dos socialistas".

É mais uma coisa das misses mundo, tem que estar na Constituição mas não é o que se lê literalmente.

A igualdade entre as pessoas é que não podem 'separadas' por nenhum critério, não pode haver uma lei que se aplique apenas às pessoas que "têm 6 dedos em cada pé"  mas os feios continuarão a ser feios e as gajas boas a ser boas.

O princípio constitucional da igualdade é compatível com continuares a ser boa e com a contratação apenas de gajas boas para as passagens de moda.


quinta-feira, 5 de junho de 2025

Montenegro promete mudar tudo porque não quer mudar nada.

O Montenegro sentiu-se cercado pelo Passos Coelho, o CHEGA e pela IL.

A Direita tem mais de 2/3 dos deputados pelo que podia tirar da constituição tudo o que vem do período revolucionário como, dizer que Portugal caminha para o socialismo ou que o Estado tem de planear a actividade económica e o uso do solo.

O Montenegro e os suas caixas de ressonância vieram logo dizer "Nem pensar em mudar a Constituição, há problemas mais prementes para resolver".

O problema é que quem ambiciona ou pretende manter o poder não pode dizer nada mais do que prometer solo na eira e chuva no nabal.


Vou só dar um pequeno exemplo.

O Marechal Seringas disse num encontro na SEDES nos finais de Fevereiro de 2025 que vamos ter de gastar mais em defesa e que, se o dinheiro vai para a defesa, não pode ir para outro lado.

No dia seguinte, caiu o Carmo e a Trindade, teve logo que voltar ao discurso infantil de que "Aumentando a despesa em defesa, o PIB aumenta o que faz aumentar a receita fiscal e, assim, ainda aumentar os recursos para encaminhas para o estado social".

Isto é equivalente a dizer que "Comer mais aumenta o peso o que faz com que a pessoa gaste mais energia a caminhar o que, a prazo, faz com que a pessoa emagreça".

As pessoas, mesmo as lúcidas, têm de adoptar o discurso da candidata a "misse universo" que garante acabar as guerras e a fome no mundo se for eleita, "se for possível", disse o Montenegro.

Se tem experiência militar, é preciso experiência política, se é alto, é preciso ser baixo, se é sério, é preciso ser desonesto para dar um grande presidente da república.


O Montenegro não vai fazer nada por causa da mama.

Todos sabemos que a grande fonte de rendimento dos autarcas é a dificuldade em construir seja o que for, desde um prédio de 10 pisos a uma casota para o cão. É o PDM, é o regulamento das construções urbanas, é a reserva agrícola, são as zonas de protecção, são mil e um papeis, dois mil e trezentos carimbos, três mil e quinhentos emails que não são respondidos.

Até inventaram uma merda, um relatório de "eficiência energética" que quem quiser arrendar ou vender um imóvel tem de ter e que custa umas centenas de euros e que não ser absolutamente para nada, nem para limpar o cu. São mais umas centenas de euros para um engenheiro amigo que faz aquilo em 5 minutos (é só meter o nome num documento pré escrito).

Para obter a licença de habitabilidade também é preciso dar qualquer coisa senão o fulano diz que é preciso demolir não sei quantas coisas e acrescentar mais outras para ficar conforme o projecto inicial.


Nós somos um país de empata fodas.

O Montenegro disse que vai mudar tudo, acabar com a burocracia mas, logo a seguir, avança com "desnecessária".

Mas toda a burocracia foi criada e existe porque é necessária a alguém. Ninguém ouviu as escutas que circulam por ai de autarcas a receber luvas para fazer avançar os projectos?

É para isso que existe a burocracia, toda a gente quer comprar apartamentos por 750 000 € e o ordenado não chega. Quem vive de um salário nunca pode juntar uns dinheiritos que tem espalhado pelas contas ou pedir uma ajuda aos pais e conseguir uma soma de 750 000€.

"Tenho uma pós graduação da Sorbone nisto ou naquilo, trabalhei sempre muito e a minha mãe tinha 5 milhões de contos, não euros, no cofre."


Estranhamente, o CHEGA e a IL surgiram prometendo mudanças e passaram de 2 deputados para 69 deputados.

O CHEGA e a IL são muito semelhantes nas ideias mas o discurso é muito diferente e, por isso, até parecem antagónicos.

Ambos defendem o primado da liberdade individual face ao interesse colectivo, face ao socialismo, e isto é distintivo do que existia e fundador de um pensamento que tem o Consenso de Washington como guia e o Presidente Milei como a última experimentação real.

A IL não desenvolve nas eleições porque tem medo de dizer, claramente, o que defende.


Estes 69 deputados querem mudança.

A que somamos a marretado do Passos Coelho de que não interessa o PSD ganhar se é para continuar a empatar, continuar o reinado socialista do António Costa de empatar pois, no caso dele, resultou numa maioria absoluta mas que durou apenas meses.

Lembram-se do desejo do Cavaco Silva? "Desejo que faça mais com a sua maioria absoluta do que eu fiz com a minha".

E fez mais, arranjou um tacho chorudo, salário acima dos 32000€ por mês LÍQUIDOS pois os funcionários de Bruxelas não pagam IRS, na conta bancária, mais ajudas de custo.

Mas o CHEGA quer sangue, quer mudar tudo e o Montenegro sentiu-se obrigado a atirar uma cortina de fumo, "Eu é que vou mudar tudo".

Meu menino, mais depressa mudas toda a água do mar para a tua cova do que o Montenegro muda seja o que for.


segunda-feira, 2 de junho de 2025

Rui Rio, Marechal Seringas e Vingança

Eu já disse muito mal do Rui Rio.

Mas, pensando bem, já disse mal de muita a gente. Numa análise de consciência profunda posso mesmo afirmar que, se (por engano) disse bem de quem quer que fosse, logo a seguir o injectei com o meu veneno linguístico.

Naturalmente, também disse mal do Rui Rio e do Marechal Seringas.


O problema é que os políticos são como os alimentos.

Há muitos alimentos diferentes que se separam por preço, sabor e impacto na saúde e não há nenhum alimento perfeito no sentido de que seja em simultâneo barato, saboroso e saudável.

Um político concreto também não é perfeito, nem o poderia ser porque cada pessoa tem uma opinião diferente sobre o que é o político perfeito. Sendo assim, cada um de nós tem de se contentar com o menos mau dos candidatos.


No caso das eleições presidenciais, temos candidatos muito fracos.

O Marques Mendes é uma nódoa, o Seguro é um zero, e nem vale a pena imaginar como serão os eventuais do PC e do BE.

Da IL só pode sair um gato assanhado daquele saco em constante revolta interna (já parece um partido marxista-trotskista-leninista-maoista).

O CHEGA não vai avançar com nenhum candidato.

Fica o Marechal Seringas que não é perfeito mas que é muito melhor do que os "principais" candidatos, que o Mendes e o Seguro juntos.


Será que o Rui Rio é mandatário para se vingar do Marques Mendes?

Eu sei por experiência própria que as pessoas são vingativas. Se alguém diz não lhes lambe as botas, logo sofre consequências nefastas. E sendo o Rui Rio uma pessoa média, naturalmente que tem pensamentos vingativos, a famosa frase portugueses "Quando te apanhar a jeito, vou-te foder."


Mas no concreto da situação, o argumento do Marques Mendes não bate certo. 

Então o Rio quer-se vingar de o Marques Mendes não concordar com ele enquanto líder do PSD e agora o Rio não pode discordar do Marques Mendes enquanto candidato a Presidente?

Será que, quando Cristo voltar à Terra, as galinhas tiverem dentes, os porcos andarem de bicicleta e o Marques Mendes for Presidente, tudo em simultâneo às 8 horas da manhã do dia de São Nunca à tarde, vai-se vingar do Rio?

Fig. 1 - Hoje vais levar tau-tau, vou-me vingar.

E vamos pensar que é mesmo para se vingar.

Afinal, isso só mostra que o Marques Mendes está a ver no Rio uma capacidade extraordinário e que não existe: pensa que vai perder porque o Rui Rio é mandatário do Marechal Seringas!

O Marques Mendes é tão asno que ainda não percebeu que quem vai levar o Marechal à vitória é  ele próprio Mendes. O homenzito é tão mau, tão mau, diria que é pior do que muito péssimo, que, num combate mano a mano, levará qualquer um à vitória.

Numa eleição em que, por um lado, estivesse o Marques Mendes e, do outro lado, o Tino de Rãns, eu iria votar diligentemente no Tino. Não falta experiência política ao Tino (já foi directamente eleito pelo povo para presidente de uma merda qualquer) e é sério, sempre viveu ajustando as despesas ao seu salário de calceteiro. 

O Tino (o Marchal Seringas e o Rui Rio), vivem com o que a vida lhes deu, não é como essa corja que, sem qualquer competência extraordinária, escudados no estatuto de advogado (que em árabe se diz 'ibn muamed ali al-draban'), num curseco de 'pós-graduação' e nas empresas da mulher ou dos pais, vivem principescamente à base de coisas que não rendem nada aos outros não políticos com igual currículo.


O PS ainda não sabe o que lhe aconteceu.

É que no PS já acham totalmente natural vir um esquerdista dizer ao povinho que vive com enormes dificuldades em pagar o condomínio quanto mais a prestação da sua casa num subúrbio manhoso, que comprou casas no valor mais de um milhão de euros porque foi ajudado pelos pais.


O André Ventura vive em 30 m2.

Os esquerdistas vieram dizer que, afinal, o apartamento tem 74 m2 e não os 30 m2 anunciados pelo André.

Mas temos de ver que a área que diz na matriz inclui, além da área do apartamento, a área das zonas comuns (escadas, corredores, elevador) e das paredes. Por exemplo, quando em 1993 comprei um ardarzinho para os meus pais e irmãos mais novos não terem de viver numa barraca, na matriz dizia "118 m2") mas, de facto, a área útil dentro das paredes tinha apenas 67 m2 de área, isto é, de área da cozinha, sala, corredor, casas de banho e quartos somada.

Por isso, acho mais do que natural que os 74 m2 brutos se reduzam a 60m2 úteis dentro do apartamento. Acrescenta que vivem lá duas pessoas pelo que o André apenas tem 'direito' a metade da área.

Se dividirmos os 60m2 por duas pessoas, dá exactamente, 30 m2 como o espaço habitacional usado pelo André.


Seria como um imigrante a viver numa pensão.

Vamos supor que a pensão tem uma área de 1200 m2 de área bruta, com 100 quartos onde vivem 600 imigrantes, 6 em cada quarto. 

Acham lícito um qualquer vir dizer "este imigrante diz que é pobre mas vive numa casa de 1200 m2"?


Esta é a resposta que o PSD precisa para compreender como a Constituição não serve.

Houve um debate qualquer onde o do CHEGA disse ser necessário alterar a Constituição e logo o do PSD atacou com uma pergunta de algibeira "O que alteraria na Constituição para resolver o problema da habitação?"

O do CHEGA patinou mas eu vou responder.


O problema da habitação está no Art. 65.º - Habitação e Urbanismo da CRP.

Artigo 65.º-Habitação e urbanismo

1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

Ao 'garantir o direito' a uma habitação com determinadas características, abre a porte a ser proibido a pessoa ter uma habitação em acordo com os seus rendimentos. Se uma pessoa ganha para comer frango, não pode o estado proibi-lo de comer frango sem lhe dar nada porque 'tem direito a comer caviar'.

Qual o ganho que têm os 20 imigrantes do Bangladesh que o Comunista Moedas proíbe de viver numa cave de uma loja? Se eles estão lá e se a Câmara não lhes dá melhor é porque é o melhor que podem para os rendimentos que têm.

Não é preciso proibir que as pessoas vivam debaixo de água.

E qual é o prejuízo para os outros de essas pessoas viverem à lota? Nenhum. Querem-nas como sem abrigo, a viver cobertos com papelões, a tomar banho e a fazer as necessidades maiores e menores no passeio?

4. O Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais definem as regras de ocupação, uso e transformação dos solos urbanos, designadamente através de instrumentos de planeamento, no quadro das leis respeitantes ao ordenamento do território e ao urbanismo, e procedem às expropriações dos solos que se revelem necessárias à satisfação de fins de utilidade pública urbanística.

Planeamento é uma coisa dos comunistas. Cortar isto e acabar com o PDM. Se alguém quer construir uma casinha, o direito à habitação deve valer contra o direito dos comunistas fazerem planeamento.

 

E o art. 66.º tem mais problemas.

É só proibições com o argumento do bem comum.

O principal é o bem privado e, depois, naturalmente, uma pessoa não vai poder construir uma casa no meio de uma auto-estrada mas tem de a habitação ser protegida relativamente às florestas ou à agricultura.


E há muitos mais problemas espalhados um pouco pelo texto.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Agora, os sábios defendem a moderação do CHEGA para continuar tudo na mesma.

Há um animal que se chama burro mas que é mais inteligente do que os sábios do PSD.

Até Sócrates, há 2450 anos, o Sábio possuía a Sofia, a sabedoria, mas, depois, passou a ser aquele que procura o conhecimento. A sabedoria deixou de ser a posse do conhecimento absoluto mas antes um processo de busca e de auto-conhecimento condensado na seguinte evidência:

Quando aprendo algo de novo, o que está sempre a acontecer, tomo consciência de que não possuía a sabedoria. Então, quanto mais aprendo, mais tomo consciência de que menos sabia. Daqui, só se pode  concluir que o sábio é quem procura a sabedoria e não quem afirma que a possui pois quem o afirmar apenas está a revelar que nunca aprendeu, que nunca descobriu novo conhecimento.

O que eu sei? Só sei que nada sei.


Quem não sabe, impõe-se com a autoridade.

Se não sei explicar uma técnica que um aluno viu num vídeo, logo digo "Eu sou mestre de judo".

Se não sei explicar a resolução de uma equação, logo digo "Eu sou doutorado em matemática".

Se não sei explicar o comportamento humano, logo digo "Eu sou professor de psicologia".

Se não sei explicar o crescimento económico, logo digo "Sou professor catedrático de economia."

Se não sei explicar a razão de o CHEGA ter 60 deputados, logo digo "Diz a literatura que o CHEGA tem de ser moderar".


Quando o CHEGA apareceu, tinha de ser ilegalizado.

Se calhar, a Ana Gomes é a pessoa mais visionária que existe para os lados do PS. Esta pessoa viu logo que o CHEGA ia destruir o PS e, por isso, pediu ao Tribunal Constitucional que ilegalizasse o CHEGA por ser "Racista, Xenófobo, Misógino e Maxista". 

Como eu conheço estes ataques esquerdistas já que fui repetidamente vítima dos mesmo tendo mesmo sido esta acusação que justificador para o meu saneamento da universidade do porto, sem qualquer facto, apenas a conclusão de que o era.

Nessa altura, o CHEGA tinha um deputado.


Depois, veio a barreira sanitária.

Quando o CHEGA chegou aos 12 deputados, veio a ideia da "Barreira Sanitária" dos esquerdistas e o "Não é Não" do PSD e do CDS.

O problema é que vieram as eleições de 2024 quando o CHEGA conseguiu 50 deputados. Decorrido apenas um ano, conseguiu vitórias em vários concelhos e 60 deputados.


Agora, os sábios falam da necessidade de o CHEGA se moderar.

Necessidade para quem? Será que esse está preocupado com o CHEGA ou com o continuar de tudo na mesma, PS no lado esquerdo da cama e o PSD no lado direito?

Um faz uma casa que parece uma nave espacial e compra apartamentos porque tem uma pós-graduação em segurança de dados (gostava de saber quanto ganham os colegas dele do curso de pós-graduação e que tiveram melhores classificações).

Outro usa o argumento do José Sócrates, os meus avós eram pobres, sapateiros e serviçais, mas os meus pais são muito ricos: "Quando a minha mãe morreu, abri o seu cofre pessoal e encontrei 5 milhões de euros que tinha ganho a passar a ferro."

Fig. 1 - Em democracia um político não é feito para agradar às modas, um meias-tintas, tem que se assumir e defender o que pensa ser correcto. E logo os eleitores decidem.


Imagino eu que 

Se esse sábio do PSD que se afirma professor catedrático, director de uma faculdade pública e que conhece a literatura como ninguém criasse um partido, com moderação conseguiria ultrapassar instantaneamente os 60 deputados do CHEGA.

Se os sábios não conseguem explicar a razão de o CHEGA ter 60 deputados, como podem afirmar que tem de se moderar?


Se o CHEGA e a IL se moderarem, desaparecem.

Os eleitores querem sangue e, por isso, é que o CHEGA foi buscar os seus votantes à extrema esquerda. 

Não querem mais do mesmo, mais PS e PSD, porque disso já tinham, querem alguém que diga o que ninguém dizia, prometer o que ninguém prometia, combater o que ninguém combatia. Da mesma forma que rezar não faz chover e ir a Fátima a pé não acaba com a fome no Mundo, as pessoas precisam de ouvir o impossível mesmo tendo a certeza de que é impossível de ser concretizado. Fazer a paz em Israel, instalar uma colónia humana em Marte, acabar com a fome, a guerra e o sofrimento. 

Eu fui despedido, após 32 anos de serviço sempre com avaliação de desempenho positiva, porque falei da imigração, de que os países são pobres porque as pessoas que lá vivem produzem pouco.

Que quando essas pessoas vêm para Portugal, apenas produzem mais porque usam o capital dos portugueses pelo qual têm de pagar, isto não é a casa da sogra, há que saber respeitar quem cá está. 

Se não é xenófobo afirmar que para lá do Marão mandam os que lá estão, tem de se aceitar que em Portugal mandam os portugueses.

Fui despedido porque os esquerdistas que tomaram de assalto as universidades não eram capazes de contra-argumentar.

Como a empregada uzbeque da minha falecida mãe, "No tempo do Estaline é que havia respeito".


Tenho a certeza de que, mais dia, menos dia, o CHEGA vai ganhar as eleições.

As pessoas estão fartas da chuchadeira, de continuarmos a ter uma constituição que afirma que: 

"A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de ... abrir caminho para uma sociedade socialista" (preâmbulo CRP) quando, no máximo, deveria dizer "sociedade democrática". 

Afirmar que "Não são consentidas associações ... que perfilhem a ideologia fascista." (46-4 da CRP) e "Perdem o mandato os Deputados que ... perfilhem a ideologia fascista" (160-1-d da CRP) quando não proíbe outras formas de ideologias que defendem estados totalitários repressivos como o estalinismo, maoismo, leninismo ou troteskismo. Faz-me lembrar as 'democracias' da Coreia do Norte, China ou Soviéticas defendidas pelo PC.


Tudo está dependente das legislativas de Outubro próximo.

O CHEGA foi o partido mais votado em 60 concelhos e 305 freguesias.

Agora imaginem que o CHEGA elege 60 presidentes da câmaras e 305 presidentes da junta!

Vai ser um terramoto de escala 9, uma destruição total de tudo o que conhecemos. E ai, a AD vai passar a respeitar o que o CHEGA é e não mandar recados de moderação.

Querem moderação? Já têm o CDS no bolso, contentem-se.

Fig. 2 - Dizem que um branco usar carapinha é apropriação cultural e isto o que é?


terça-feira, 27 de maio de 2025

Matheus Reis pisou a cabeça do Belloti mas o video-árbitro esteve bem.

O Benfica perdeu a final da Taça.

Em tempos, quando o Pinto da Costa era o Papa, eu ficava incomodado quando o FC-Porto perdia ou  outro clube ganhava mas, desde que o Papa se foi, até gosto mais que o FC-Porto perca.

Não é nada conscientemente pensado, foi a minha mente que mudou a sua forma de ver o mundo sem nada me perguntar.

Muitas vezes questiono-me "Porque será que os meus sentimentos mudaram?", talvez seja uma doença semelhante ao Amor em que, sem racionalidade, alguém passa a não poder viver sem a companhia de uma outra pessoa muitas vezes cheia de defeitos que achávamos intoleráveis.

Mas vamos ao que interessa, ao final do jogo da final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Benfica.

Há um vídeo que mostra que, nesses momentos finais, e segundos antes de o Sporting empatar o jogo, o Matheus Reis pisa a cabeça do Belloti.


O que diz o protocolo do video-árbitro?

Fui à Federação Portuguesa de Futebol ver quando é possível o video-árbitro intervir no jogo e existem apenas 4 situações:

1 = Quando há uma falta ou fora de jogo num lance de golo.

2 = Numa decisão errada na atribuição ou não atribuição de um penálti.

3 = Sempre que o árbitro não utilize o cartão vermelho na ocasião devida.

4 = Quando o árbitro sanciona o jogador errado.

Claro que os benfiquistas defendem que a situação se enquadra no ponto 4 mas ...


Depende tudo da certeza quanto a ter havido intenção e intensidade.

É que, para ser vermelho directo, tem de haver intenção e intensidade.

Acontece que o Matheus Reis está apenas sobre um pé e está desequilibrado. Sendo assim, o outro pé vai ter de pousar no chão. Acontece que não há forma de o video-árbitro ter a certeza de que o pé pousou deliberadamente na cabeça do Belloti. Que o pé poderia ter pousado noutro sítio qualquer mas que a mente do Matheus decidiu e comandou o pé para que pousasse na cabeça do Belloti.

Depois, tem a ver com a intensidade. Sendo certo que o Pé caiu sobre a cabeça do Belloti, se a intensidade fosse razoável, como a cabeça é muito vascularizada e as chuteiras têm pitons, teriam havido derramamento de sangue, o que não se verificou. O Belloni apenas esfregou a cabeça e continuou como se nada tivesse acontecido.


Se o video-árbitro não tinha a certeza...

Não podia intervir.

Um jogo de futebol não é uma tarde passada no lar da terceira idade a fazer croché.

É um jogo em que se movimentam milhões de euros, em que a paixão está na sua intensidade máxima, onde as amizades estão suspensas. Juntando isto a pessoas fisicamente muito preparadas, os incidentes podem acontecer.

Claro que está lá o árbitro para regular o combate e, nesta situação, deveria ser falta e o jogador ver, pelo menos, um cartão amarelo, mas o problema não esteve nesta falta mas no facto de, decorridos, alguns segundos, o Sporting ter empatado e, no prolongamento ter ganho.

O Benfica não pode agarrar-se a este eventual erro na perda do Campeonato e da Taça de Portugal, tem que se convencer que o Futebol é um jogo de competência mas também de sorte e azar.

Uma bola que vai ao poste e que poderia ter entrado e vice-versa.

Um jogador importante que se lesiona, nosso ou da concorrência.

Um árbitro que erra a favor ou contra.

Um jogador que perde a cabeça.


Já repararam que ninguém vai ver os jogos em que a vitória é certa?

As equipas de futebol vivem do dinheiro que angariam e, estranhamente, quando a vitória é certa, a facturação diminui.

As pessoas não se interessam pelo jogos em que os mais fortes ganham sempre, onde não há a emoção do risco e, em consequência, não há facturação.

Imaginemos, como o Benfica pretende fazer valer, no Euromilhões ganhava sempre a aposta com o número maior. Seria a aposta com os números 46, 47, 48, 49 e 50 e as estrelas 11 e 12. Acham que haveria apostadores?

A partir de hoje, a chave vencedora será 46, 47, 48, 49 e 50 com as estrelas 11 e 12.

Já imaginaram os praticantes de desportos de combate queixarem-se de agressão?

Dar murros, atirar ao chão, rasteirar, dar pontapés nas pessoas é crime. Já imaginaram sempre que alguém perde um combate de boxe, judo ou luta livre queixar-se ao Ministério Publico de agressão?

Estes desportos acabavam.

Quando um atleta entra nisto, aceita as consequências.


sábado, 24 de maio de 2025

Carneiro como secretário geral? O Seguro-2? PS está em negação da realidade

O PS mantém a cassete de que o CHEGA compete com a AD mas está errado.

Os comentadores e políticos da esquerda em Portugal pensam que o espaço político é contínuo, isto é, que um eleitor da esquerda apenas pode mudar o seu voto para um partido próximo, um bocadinho mais para a esquerda ou um bocadinho mais para a direita.

Também aceitam como verdade a teoria de que há transferências indirectas com a abstenção: Os eleitores que se abstêm formam uma parte móvel em que, um eleitor da esquerda passar a abstenção e um abstencionista da direita passar a votante se traduz numa transferência indirecta de um voto para um partido distante.

Mas estão errados, os eleitores são como os simpatizantes do futebol, não querem saber se as equipas jogam em 4x4x2, 3x2x4x1 ou 10x0x0, querem é que a sua equipa do coração, na maioria das vezes escolhida porque "o meu pai já amava esta equipa", ganhe, nem que seja de forma fraudulenta.


O PS vai ter uma derrota autárquica ainda maior do que nas legislativas.

Os eleitores Além do Tejo perderam o respeito ao PS. Dizendo melhor, passou a valer votar no CHEGA.


Vejamos como o eleitor pensa.

Existem dois tipos de eleitores, os ideológicos e os racionais.

O eleitor ideológico vota no partido que acha melhor. Chega lá, vota no MPT ou no PTP (que normalmente têm menos de 500 votos) mesmo sabendo que o seu voto não vai servir para mais nada que não seja uma satisfação pessoal. Nas últimas legislativas votaram 67532 pessoas em 10 partidos que jamais teriam qualquer hipótese de eleger um deputado.

Deste grupo fazem ainda parte os 85996 que votaram em branco e os 58930 que votaram nulo, escrevendo impropérios que pensaram que ia queimar as orelhas de todos os políticos.

O eleitor racional é a grande maioria e apenas vota num partido que tenha probabilidade de ganhar alguma coisa, seja um deputado, um vereador ou uma câmara. Quer ter a certeza que o seu voto conte para alguma coisa.

Para eleger um presidente da câmara a lista tem de ter a maioria dos votos e, nestas condições, apenas o PSD e o PS e, por condições históricas, uma minoria do CDS e do PCP, o conseguem fazer.

A maioria dos eleitores, os racionais, que vivem no Além do Tejo apenas tinham como alternativas o PS e o PCP mas agora tudo mudou. Há o CHEGA.


Sendo assim, os resultados das autárquicas ainda vão ser piores para a esquerda.

O PCP vai desaparecer do mapa autárquico e o PS vai ter ainda piores resultados do que teve nas legislativas porque as pessoas querem mudança e o único partido verdadeiramente alternativa Além do Tejo é o CHEGA.


O Carneiro é o Seguro-2.

O Pedro Nuno Santos foi o Rui Rio do PS. Um guerreiro contra os camaradas do partido que se desviavam do rebanho mas um geleia enquanto líder da oposição.

Digamos que, a ambos, para burros só lhes falta as orelhas.

Agora, compreendo que pessoas inteligentes não se queiram candidatar a secretário geral do PS. Ser o líder da comissão liquidatária de um partido em implosão não é nada agradável mas o Seguro é já o executor oficial.


Não haverá mais ninguém no PS?

Ontem ouvi o Ascenso Simões a insultar o Miguel Prata Roque e fiquei a saber porque não há mais candidatos, é que o PS é um partido Estalinista e quem tentar desafiar a unanimidade interna e "criar fracturas" é trucidado.

Mandam estes trauliteiros, tipo o Coelho que ameaçava "quem se mete com o PS leva mocada" ou o Estalinista santos silva a malhar em quem identificam ser de direita.

Eu sei o que isso é porque fui saneado a mando do trauliteiro santos silva, classificado como racista, xenófobo, misógino e machista. Só se esqueceu do pedófilo porque isso são coisas do PS.


Porque não o Francisco Assis?

Porque ele aprendeu os camaradas que tem. Assim que disse qualquer coisa contra o PS aliar-se à estrema esquerda, foi arrumado. Como ele próprio disse quando lhe perguntaram se seria candidato disse "Eu? Eu não, já tive a minha travessia do deserto e que foi muito dura".

Eu sei o que isso é, anunciam liberdade de pensamento e de expressão mas se alguém é uma candeia que ilumina a noite escura, se alguém discorda, se alguém diz não, meu Deus, mais vale ir para a Coreia do Norte que lá a morte é rápida e indolor.


Vai ser uma grande alegria ver o PS e o PC serem varridos do mapa autárquico.

Continuem na unanimidade democrática, a repetir a cassete de que o CHEGA é racista, xenófobo. misógino e machista e, na noite das eleições, até vou abrir uma garrafa de água das pedras.

Estalinista filho da puta, padrinho do CHEGA


Afinal o sábio professor catedrático do PSD levou um pontapé no cu e mudou a atenção para a Iniciativa Liberal.

Isto só mostra quão limitado é, se queria tacho tinha era de se mudar para o CHEGA não para um partido que não tem margem de progressão.


sexta-feira, 23 de maio de 2025

Proposta de Revisão da Constituição Portuguesa - da Parte II - Organização Socio-económica

 1. Introdução

A Parte II, Títulos I, II e II da Constituição da República Portuguesa refere-se à Organização Económica num texto muito extenso, com 13692 caracteres, e que protege a intervenção do Estado seja através da propriedade dos meios de produção como do planeamento central o que, decorridos mais de 50 anos, está totalmente desactualizado. Nesse sentido, a minha proposta passa pela redução em 92% do texto para apenas 1135 caracteres.

Em particular, proponho a corta por completo os artigos desde o 81.º até ao 100.º porque são declaradamente palha.

Acabo com o Planeamento que já nem na Federação Russa existe e em órgão consultivos que não servem para nada e que nunca deveriam estar definidos na Constituição que tem ser um texto geral.


2. A minha proposta de Revisão Constitucional

A minha proposta de descomunistação dos primeiros 100 artigos pode ser consultada em:

Proposta_de_Revisao_da_Constituicao_Portuguesa, Researchgate 


PARTE II

Organização económica

TÍTULO I

Princípios gerais

Artigo 80.º

Princípios fundamentais

A organização económico-social assenta nos princípios da concorrência e da liberdade contratual que apenas podem ser cerceados quando houver uma necessidade clara de haver uma intervenção do Estado para promover a afectação eficiente dos recursos escassos.  

Artigo 81.º

Incumbências prioritárias do Estado

Incumbe prioritariamente ao Estado no âmbito económico e social:

a) Garantir a liberdade de iniciativa e de organização empresarial e individual;

b) Assegurar o funcionamento eficiente dos mercados, de modo a garantir a equilibrada concorrência entre as empresas do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social, a contrariar as formas de organização monopolistas e a reprimir os abusos de posição dominante e outras práticas lesivas do interesse geral;

c) Promover a justiça social, assegurar a igualdade de oportunidades e operar as necessárias correcções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, nomeadamente através da política fiscal;

d) Garantir a defesa dos interesses e os direitos dos consumidores;


E é tudo o que precisa estar na Constituição.

Depois, se a Assembleia da República quiser criar órgão consultivos ou fazer planos, cria Leis nesse sentido.

Precisamos que a Constituição da República seja magra e forte.


segunda-feira, 19 de maio de 2025

A Esquerda 'tradicional' desapareceu no espasmo esofágico

Em tempos eu disse que o CHEGA é fundamental para a Direita.

É que, apesar de o CHEGA ser classificado por todos de Direita e da Direita mais extrema, no concreto, é entendido pelos eleitores como um partido de Esquerda!!!!

Como bem nos lembramos, com a maioria absoluta do Costa de 2022, todos os analistas afirmaram que Portugal tinha uma maioria sociológica de esquerda e que, por causa disso, nunca mais a direita conseguiria voltar ao poder. O PS era o partido de charneira, ora se coligaria com a direita, ora com a extrema esquerda.

E ainda era pior aparecer o CHEGA porque este partido só iria tirar votos ao PSD.


Começou-se a ver em 2022 que estavam todos enganados.

É que o CHEGA conseguiu mais votos nos bastiões comunistas!!!!!!!!!!!

Nessa altura os próprios do CHEGA estranharam terem maior penetração Além do Tejo. Pensaram mesmo que tinha sido engano. Como não foi engano, toca a atacar esse nicho de mercado.


O CHEGA era uma partido totalmente liberal.

Lembro-me de ouvir 'vamos entregar as escolas aos professores e eles que se desenrasquem'.

Mas esse espaço político era pequeno e estava em concorrência com a Iniciativa Liberal.

Vê-se que o liberalismo vale 9 deputados, muito pouco para dividir por 2.


Nunca a Direita conseguiria penetrar Além Tejo.

Anunciavam os esquerdistas com a famosa frase "Não passarão".

Agora, olhando para o mapa de Portugal, a AD domina a Norte do Tejo e o CHEGA substituiu o PC, o BE e o PS Além do Tejo.


O André Ventura é muito inteligente.

Reparem neste pequeno pormenor. Quando lhe deu o espasmo, muita gente, incluindo eu, pensaram que o grande líder estava despachado. Pensei mesmo que tivesse morrido porque a ambulância dos bombeiros ficou parada muito tempo e, logo, apareceu a ambulância do INE, pensei eu, para recolher órgãos.

Na altura falou-se na sua substituição e poderia ser a Rita Matias, uma jovem inteligente e de língua afiada. Mas não, esteve sempre presente mas o Ventura sabe que o eleitorado português não está preparado para uma mulher a encabeçar um grande partido.

É um facto, as mulheres não votam em mulheres. Da mesma forma que os homens têm tendencia a ficar carecas, as mulheres têm a tendência a perder eleições.


Tive uma grande alegria.

Fui uma noite de grande alegria porque o BE desapareceu.

Esses filhos da puta esquerdistas perseguiram-me com mentiras e invenções e acabaram a fabricar um processo disciplinar onde, sem qualquer facto, a Universidade do Porto me despediu acusado de ser "Racista, Xenófobo e Misógino". Foi totalmente um saneamento político porque os meus apontamentos começam com a seguinte frase:

"Este texto tem como missão desfazer as ideias erradas, baseadas em senso comum, que os movimentos de esquerda, apoiantes da estatização da economia, transmitem na comunicação social."

Repito, sem qualquer facto, apenas conclusões. 

O facto mais grave que indicam é que eu disse que as professoras da faculdade de letras são feitas velhas e gordas, o que era verdade e continua a ser verdade, e que a roupa que metemos nos contentores vai para África.


Em Portugal a justiça é corrupta.

Mas se houver um bocadinho nos tribunais, que tenho dúvidas, a Universidade do Porto vai ser obrigada a comer-me de cebolada e o reitor terá de pagar do bolso dele a indemnização a que tenho direito. É a Responsabilidade Extra-contratual dos funcionários públicos.


Concluindo, o CHEGA é da Extrema Esquerda.

Nunca a AD conseguiria ir buscar votos Além do Tejo porque teria de ter um discurso ao estilo dos esquerdistas, isto é, prometer o que não é possível dar como vimos em todos os países em que o comunismo se instalou.

Todos têm 'democrata', 'liberdade' e 'direitos' nos seus programas e nomes mas, depois, instalam ditaduras em que não há nada mais do que tirania, opressão e pobreza.

O CHEGA funciona como um 'contra-veneno', é semelhante aos Evangélicos do Brasil, conseguem ganhar fieis garantindo um Céu muito mais confortável do que os Católicos. 

Se não há Céu, é tão válido prometer que lá se comem costeletas de porco como que se comem lagostas e caviar.

Os eleitores do PC, BE, Livre e esquerdistas do PS acreditam na fada madrinha, que o Estado e as empresas públicas conseguem criar o paraíso na Terra. Então, também acreditam no que diz o Ventura.

Mais um pouco, os ateus do ex-BE vão passar a ir À Santa Missa ouvir as Epístolas do Apóstolo André aos que Acreditam na Fada Madrinhas.

Fig. 1 - Resultados 2025: A esquerda tradicional ficou reduzida a quase nada

E para onde vamos?

Aquelas negociatas entre a AD e o CHEGA em que, depois, o Montenegro veio negar, vão ter de ser feitas às claras.

Se negar, tem de ir falar com o PS.

O problema é que se o PS apoiar o Montenegro, quando o governo cair em desgraça, e um dia vai cair, será o CHEGA a alternativa de governo.

Muito perigo para o PS.


quarta-feira, 14 de maio de 2025

Previsões eleitorais legislativas 2025

Está na hora de avançar com as previsões para Domingo.

O Pedro Nuno Santos diz que vai ganhar mas é experiência na derrota.

A probabilidade de o PS ganhar é de 0.000%

Pegando nas últimas 4 sondagens, os resultados nas eleições legislativas no próximo Domingo, 6 de Maio serão os seguintes (intervalo de confiança de 95%):

AD: entre 83 e 92 deputados

PS: entre 67 e 75 deputados

CHEGA: entre 46 e 53 deputados

IL: entre 9 e 14 deputados

Livre: entre 4 e 7 deputados

CDU: entre 2 e 5 deputados

BE: entre 0 e 3 deputados

PAN: entre 0 e 0 deputados


Dou a mão à palmatória, Errei.

Tenho apenas como desculpa o facto de eu apenas digerir os dados publicados e, por isso, repito os erros das empresa de sondagens.

Os resultados foram AD 91  // CHEGA 60 // PS 58 deputados.

O erro maior esteve no CHEGA que teve mais 11 deputados e no PS que teve menos 13 deputados do que a previsão.

Dou razão ao André Ventura, o desvio nas sondagens publicadas não são compatíveis com uma metodologia estatística séria, houve mesmo manipulação das sondagens (ou incompetência). 

Não acredito muito na incompetência porque, as mesmas empresas de sondagens acertaram nas previsões anunciadas às 20h.


Coligações possíveis:

AD+IL:  entre 94 e 104 (média de 99,0)

PS+BE+CDU+Livre: entre 77 e 86 deputados (média de 81.8)


Apenas para responder a um anónimo.
Sim, eu tenho problemas mentais.
Além de sofrer há muitos anos de depressão, tenho ataques de pânico e crises de ansiedade mas estou medicado.
As doenças mentais devem ser aceites como todas as outras doenças, não devem ser vistas com  vergonha e como se fossem um castigo de Deus.
Se hoje se fala que os gays devem sair do armário, também as mulheres feias, os homens gordos e os doentes de foro psiquiátrico devem sair do armário.
Um dia teremos uma sociedade onde todos serão aceites como iguais, sem vergonha. 

terça-feira, 29 de abril de 2025

Não foi o Estado quem falhou, quem falhou foi a electricidade!

Há quem diga que este blog foi a semente da Iniciativa Liberal.

E até pode ter sido mas, neste momento, dentro da Iniciativa Liberal há mais guerras internas do que pessoas a pensar o que, de facto, é o liberalismo.

Por exemplo, no outro dia, o chefe do partido disse qualquer coisa como "O Carlos será um bom ministro da eficiência do Estado" mas, estranhamente, não avançou com nenhuma medida que é necessário implementar para reformar o Estado:

Privatizar as escolas, universidades, hospitais, portos e transportes públicos?

Passar essas instituições a ser empresas privadas ou cooperativas?

Quem vão ser os seus proprietários,  os professores, médicos, enfermeiros, escriturário, motoristas, estivadores ou vão ser vendidas a empreendedores? 


A afirmação da Iniciativa Liberal quanto ao apagou não faz sentido.

Às 11:38 a rede eléctrica ficou vazia, parou tudo o que estava ligado à rede eléctrica.

Vamos supor que eu ia à padaria e a menina me dizia "Não lhe posso vender pão porque estou sem farinha". Será que um liberal poderia dizer "O Estado falhou"?

Claro que não.

Sendo a electricidade um bem como outro qualquer, não compete ao Estado fornecer esse bem às pessoas. Se não há electricidade, tem que se dar tempo ao sistema privado para resolver o problema.

E foi isso que aconteceu e muito bem.


A razão técnica para o apagão.

A electricidade que consumimos usa uma rede partilhada entre Portugal, Espanha e França. 

A rede tem milhares de produtores que injectam energia e dezenas de milhões de consumidores que retiram energia. Em cada momento, a potência produzida é exactamente igual à potência consumida.


O problema da tensão constante.

Raciocinando em termos de corrente contínua (que é conceptualmente mais simples), imaginemos que são injectados 1000 KW e são consumidos 1000 KW.

A energia consumida vai ser dada pela multiplicação da resistência do equipamento pela tensão da rede.

       Potência = Tensão ao quadrado /  Resistência

A resistência é própria dos equipamentos ligados pelo que, no exemplo, a resistência vale 

     1000000 =  220^2 / Resistência <=> Resistência = 220^2 / 1000000 = 0.484 Homs


Se ligarmos mais equipamentos, a tensão da rede diminui.

Como os equipamentos são ligados em paralelo, há uma redução na resistência, por exemplo, para 0.480 Homs. Se a potência produzida se mantiver constante, a tensão vai diminuir cerca de 1 Volt.

    100000 =  Tensão^2 / 0.480 <=>  (100000*0,480)^0,5 = 219.089 Volts

 

Se a tensão da rede diminui, há equipamentos que vão ficar estragados.

A correcção tem de ser feita de forma instantâneas. Não havendo tempo para aumentar a produção, a rede está dividida zonas (por exemplo, 1000 zonas) que vão ser, sequencialmente, desligadas até a tensão voltar a 220 Volts.

O sistema de controlo vai garantir que a tensão é 220 Volts ou 0 Volts, nunca mais nem menos. 


É comunicado aos produtores a necessidade de aumentar a produção.

Primeiro, as centrais hidroeléctricas respondem em menos de 10 segundos e, depois, as centrais a gás que respondem em menos de 10 minutos.

Entrando novas potencias na rede, passa a haver o risco da tensão passar a ser superior a 220 Volts o que não pode ser pois irá queimar os equipamentos (um pico de tensão). Tem então de ser tudo feito com muito cuidado. 


Se se produzir mais electricidade, a tensão da rede aumenta.

Como os equipamentos são ligados em paralelo, há uma redução na resistência, por exemplo, para 0.480 Homs. Se a potência produzida se mantiver constante, a tensão vai diminuir cerca de 1 Volt.

    110000 =  Tensão^2 / 0.484 <=>  (110000*0,482)^0,5 = 230.261 Volts


A Razão está aqui:

Se a tensão da rede aumentar, há equipamentos que vão ficar estragados.

Mais uma vez, a correcção tem de ser feita de forma instantâneas. A solução técnica é haver equipamentos destruidores de energia e que aquecem água de uma barragem. 

Este problema é muito grave porque as redes têm interruptores de segurança que desligam os equipamentos e, consequentemente, fazem diminuir o consumo e aumentar ainda mais a tensão da rede.

Por questões de eficiência, acredita-se que não é preciso sistemas de destruição de energia e, a consequência, é poder haver apagões.

1) Excesso de produção -> Tensão aumenta -> Não existe equipamento de destruição da energia

2) Equipamentos desligam por segurança -> Tensão aumenta mais -> A rede entra em colapso.


Lembram-se da 'electricidade a preço negativo'?.

O preço negativo traduz que os produtores pagam para que a sua energia seja destruída. Não podendo parar a produção, a única solução é pagar a quem tem equipamento de destruição.


O problema da fase da corrente eléctrica é ainda maior.

A electricidade é uma onda que oscila 50 vezes por segundo (50 Hertz) entre +220Volts e -220Volts e esta onda viaja a certa de 200 mil quilómetros por segundo. Então, a electricidade quando sai da França e chega a Portugal (depois de percorrer 2000 km), não pode ser ligada à nossa rede porque está atrasada meia onda. Tem então que ser pedido à França "A electricidade que injectas na rede tem de estar meia onda adiantada relativamente à nossa". O problema é que, quando comunicamos com a França o instante de sincronização, as nossas comunicações sofrem atraso!!!!! Um problema complicado de coordenar.

E todas as ligações à rede têm de estar sincronizadas.


A culpa está na optimização.

Em termos estatísticos, a média de uma amostra maior tem uma variância menor. Então, ao termos uma rede maior, os picos de sobre-tensão e de sub-tensão são menores.

Então, reduziu-se o equipamento que destrói energia e o equipamento que aumenta rápido a potência.

A primeira falha resulta de o dimensionamento deste equipamento não estar compatível com o aumento muito rápido de produtores variáveis, solar e vento.


Terá sido por acaso que a rede rebentou num dia de Sol nas proximidades das 12 horas, momento em que a produção solar é máxima?

Não.

A potência injectada aumentou, a tensão começou a subir, não houve forma de controlar a subida da tensão e os equipamentos começaram a desligar.

Imediatamente, as centrais nucleares espanholas entraram em modo de crise, isto é, desligaram da rede.

Acontece que esta tecnologia demora um par de dias a desligar e até uma semana a voltar a ligar a 100%. Dai, ter havido um comunicado da REN que poderia demorar uma semana a repor a situação.

Só não demorou uma semana porque a França ajudou.


Finalmente, para não haver risco de apagão.

Infelizmente, teremos de pagar mais pela a electricidade.

Seja porque há empresas como as siderurgias eléctricas que se disponibilizam, mediante um pagamento, a alterar o seu consumo instantaneamente seja por contruir equipamento rápido e caro que está quase sempre parado, teremos de pagar mais.

E ninguém quer pagar mais quando a eventualidade do apagão se traduziu numa ocorrência em muitas décadas.

É como o risco de cair na rua, talvez fosse bom usar capacete mas como é raro, ...

Fig. 1 - O Estado falhou porque permitiu a venda de alimentos ultra-processados.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Não é necessário dinheiro público para resolver a falta de habitação, é preciso liberalização.

Quando eu era criança, cada pessoa fazia a sua casa.

Podem dizer que já tenho muito anos o que é falso já que, tirando uma dor aqui ou ali que trato com uma pastilha de nimisulida ou naproxeno, estou como novo. Ainda derroto o Emil que é um finlandês de 16 anos que anda no meu judo e que, além de ter 1.90 metros, pesa mais de 100kg.

Mas, voltando ao problema da habitação, quando era criança, os pais escolhiam um talhão de terra e os filhos faziam ali uma casa em função das suas possibilidades. Também, no pós-25-de-Abril com o dinheiro da emigração, começou a haver compras de talhões de terreno aos lavradores.


Era um coisa fracota mas suficiente.

Nesse tempo, uma casa razoável tinha 3 quartos, sala, cozinha e WC, sem corredor, tudo empacotado em 70m2. 

A água era bombeada de um poço ou mina que podia ser colectivo, para o depósito e, a uns metros da casa, fazia-se uma fossa para o tratamento da água-chocas, com dois compartimentos, a fossa estanque e a fossa rota. 

A água-choca servia, na primavera, para adubar as 'novidades' e como as alfaces, tomates, feijão verde, ervilhas, couves e pepinos cresciam!

As paredes eram de tijolo e rebocadas com uma argamassa de cimento tipo portland e saibro.

Inicialmente, a armação do telhado era de madeira mas chegou-se à conclusão que a armação em betão pré-esforçado ficava mais barata.

No final, era tudo caiado tanto em branco como num azul, amarelo, verde ou vermelho aguado.

Fig. 1 - A planta da casa do meu sogro é típica de uma construção do pós-25-de-Abril.

O projecto era uma coisa simples.

Um desenhadores da construção civil fazia os riscos, levava aquilo à câmara municipal que, automaticamente, aprovava o projecto. Não havia projecto de engenharia nem de especialidades, estava pressuposto que o mestre de obras e os artistas sabiam fazer a coisa. 

O dono da obra contratava um mestre de obra que, com uns pedreiros e, depois, um electricista, um picheleiro e uns trolhas fazia a casa. Muitas vezes, os próprios davam uma ajuda a chegar massa.

Estando a casa pronta, a 'Elétrica' ligava a electricidade e ficava tudo feito. Se a casa ficava num local mais distante da estrada, a 'Eléctrica' tinha de meter novos postes que eram pagos pelo proprietário da casa.

Estava tudo pronto. 


Quanto custaria hoje uma casa destas?

Uma coisa pouca. Se fosse razoavelmente liberalizado o uso do solo agrícola e florestal, um bom terreno ficaria por 15000€ e a construção não passaria dos 35000€.

Amortizar os 50000€ em 40 anos a uma taxa de juro de 2%/ano dá 150€/mês, o custo certo para o nível de rendimento da nossa classe 'média-baixa'.


Então, o que é preciso fazer para resolver a crise habitacional?

A Lei 53-A/2025 de Abril de 2025 é um passo importante na liberalização da construção mas ainda é um passo pequeno porque é preciso retirar das câmaras municipais o poder de entravar o processo anos a fio.


1) Classificar como Obra de Pequeno Impacto 

E, por isso, sem necessidade de licenciamento municipal, a construção de habitação para residência permanente (própria ou para arrendamento) em territórios de baixa densidade populacional.

A área de implantação fica limitada a 100 m2 por família e a 10% da área do terreno.

A construção pode ter o máximo de dois pisos em que o rés-do-chão é destinado a garagem e arrumação e o piso superior é destinado a habitação, com cércea máxima de 6.5 m.

Em termos de infraestruturas, apenas é obrigatório garantir um acesso em terra batida com 3 m de largura.

As cores têm ser de forma a reduzir o impacto visual.


2) Haver projectos tipo. 

Ser publicado um 'Livro Branco da Habitação' com projectos T0, T1, T2 e T3 disponibilizados gratuitamente para as Obras de Pequeno Impacto. O proprietário apenas pede que lhe seja impresso o projecto que entrega como informação prévia.


3) Liberalizar o destacamento de parcelas para Obras de Pequeno Impacto para habitação.

A comunicação prévia é feita à Câmara Municipal com o contrato de compra e venda do talhão e um mapa da localização. Com esses documentos, o Registo Predial e as Finanças inscrevem esse talhão como uma parcela mista, a área de implantação como urbano e o resto como rústico.


4) O Estado deve custear as infraestruturas em alternativa a pagar habitação social.

Vamos supor uma família com menores recursos e que tem um terreno servido por um caminho em terra batida sem electricidade. O Estado deve custear o melhoramento no caminho que pode continuar em terra batida, e custear a puxada da electricidade e, havendo necessidade, um furo de água em local apropriado. Essas infra-estruturas passam a poder ser utilizadas por outras famílias.


5) Equiparar a compra-e-venda de imóveis aos automóveis em segunda mão.

Se comprar um carro em segunda mão, mesmo que tenha um preço muito superior a um imóvel, assino um documento particular e pago 55,30€ para registar o veículo em meu nome. Não há o pagamento de nenhum imposto nem é necessário fazer qualquer escritura.

Já se comprar uma imóvel mesmo que pelo preço de 500€, sim, há imóveis que têm um preço de 500€, tenho de fazer uma escritura pública, pagar uma porção de impostos e o registo.

Os imóveis de pequeno valor patrimonial (rústicos inferior a 5000€  e urbanos inferior a 50000€) devem poder ser vendidos e comprados com um documento particular, não pagar qualquer imposto e o registo ter um custo igual ao do registo automóvel, 55€.

Fig. 2 - Efectivar a compra-e-venda de um automóvel de 95000€ tem um custo muito inferior ao de um imóvel de 500€.

Há em Portugal um partido liberal mas ...

Em tempos escrevi um projecto legislativo no sentido de liberalizar a construção destinada a habitação.

Peguei nisso e enviei ao CHEGA (que na altura era um partido liberal) e penso que também à Iniciativa Liberal mas não tenho a certeza.

Claro que meteram a coisa no lixo.

O CHEGA deixou de ser liberal e a Iniciativa Liberal dedica-se agora à descida do IRS.


Liberalizar é dar liberdade às pessoas não é descer impostos.

Liberalizar a economia não passa por descer impostos pois, mesmo com impostos zero, o Estado pode continuar a asfixiar a economia com regulamentos.

De que interessa não cobrarem impostos na construção de habitação se, depois, as câmaras municipais não deixam construir em lado nenhum?

Porque é que na maior parte das grandes cidades a cércea dos imóveis está limitada a 6 pisos?

Em Nova York existem desde 1916 limites à altura dos edifícios mas que tem uma lógica (é o "Plano de exposição ao céu") pois pretende controlar o assombreamento. Por exemplo, num distrito "duas vezes", a fachada tem de estar dentro da linha que dista H/2 metros do lado mais afastado da via. Por exemplo, o último piso de um edifício com 30 pisos / 100 metros de altura  tem de estar recuada 100/2 = 50 m do eixo mais afastado da via.

Há Zonas de NY com edifícios com uma altura de 10X.


Fig. 3 - Volumetrias que respeitam a Lei do Assombreamento 3X e 2X de NY (o jardim é particular).

Liberdade é o proprietário decidir se o prédio vai ter 2, 5, 10, 50 ou 150 pisos e o município que defina limitações de assombreamento razoáveis.


A Iniciativa Liberar perdeu-se na espuma das ondas.

Quando a Iniciativa Liberar trata o Presidente Milei da Argentina como se fosse o Anti-Cristo, perdeu a coragem de ser um partido liberar.

Se no mês de Dezembro de 2023, quando o Milei tomou posse, a inflação na Argentina estava nos 1530%/ano e agora está em torno dos 37%/ano.

A taxa de desemprego está estável nos 6.7% da população activa e com tendência de descida.

Fig. 4 - Taxa de desemprego na Argentina

Comparando o PIB argentino do último trimestre de 2023 com o último trimestre de 2024, a economia cresceu 2.1%, mais do que Portugal que só cresceu 1.5%!!!!!!!!

Fig. 5 - Crescimento económico na Argentina

O Milei não é nenhum maluco.

E prova disse é o facto do FMI estar a apoiar a Argentina.

O gajo, assim como o Trump, mais não estão a fazer do que precisou fazer o Passos Coelho Em Portugal.

Não há que ter vergonha de mostrar o que tem conseguido, não podemos dizer que o homem é maluco, que não percebe nada de economia, que temos de nos concentrar no liberalismo europeu.

O problema é que na Europa não existe liberalismo!!!!!!!!

Se considerarmos como base a situação vivida em 2007, o Passos Coelho fez com que hoje estejamos 26.5% melhor do que os Gregos, desgovernados pelo esquerdista Varofaquis.

Fig. 6 - Portugal ajustou com o Passos Coelho e a Grécia com o esquerdista Varofaquis e hoje estamos 26.5% melhor do que os gregos


Contra a verdade não pode haver argumentos.

O problema é que os esquerdistas são livres de inventar uma verdade paralela e apelidar a verdadeira verdade, aquela que é mostrada pelos números, em "notícias falsas". 

E, infelizmente, a Iniciativa Liberal vai por esse caminho.


Vamos, a título final, ver se o sábio do PSD, o tal professor catedrático de economia, acertou que a economia portuguesa ira explodir em crescimento.

O certo é que o PSD deu-lhe um ponta-pé no cú. Agora anda a escrever muito bravo contra o governo da AD apenas porque ainda não descobriu que já descobriram o vácuo que diz. Interessante que no outro dia ouvi o Caldeira Cabral e lá veio a muleta do Acemoglu, um americano de origem arménia.

Fig. 6 - Evolução do PIB português

Mas atendendo a que a entrada de imigrantes tem feito a população empregada tem aumentado mais do que 2.1%/ano, a produtividade tem mesmo caído, cada vez cada trabalhador produz menos e o Pedro Nuno do PS gaba-se de ter aumentado o Salário Mínimo Nacional em mais de 60%.

Acabar com isso que vamos a caminho de nova bancarrota.

Não fossem a jogadoras da o Boavista Futebol Clube e já me tinha ido embora deste país de mentecapto


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