Com o Decreto-Lei n.º 26/2025 passou a ser obrigatório seguro para as trotinetes mais fortes.
O Código da Estrada, no artigo 122.º, diz que uma trotinete eléctrica que atinja apenas 25km/h (e potência até 250W) é tratado como uma bicicleta a pedal.
O mesmo regime aplica-se a uma bicicleta a pedal com motor eléctrico que funcione apenas enquanto o 'burro' pedalar e a velocidade for menor do que 25km/h (e potência até 1000W).
Não existe limitação na velocidade destes veículos desde que a atinjam usando apenas o esforço do 'burro' ou a descer.
Saiu o decreto lei 26/2025 que cobre as trotinetes mais potentes.
Neste decreto lei fica explícito que as trotinetes que atinjam uma velocidade, accionada por motor, superior a 25km/h ou que pesem mais de 25 kg precisam de seguro.
O problema é que, fiz uma pesquisa, e não há seguradoras a fazer este tipo de seguro.
Anunciam seguros mas, lendo as letras miudinhas, o seguro apenas se aplicam às trotinetes e bicicletas que não precisam de seguro (até 25km/h).
A solução?
Não é suficiente uma trotinete com 250W para um adulto circular numa cidade que tenha subidas. Por exemplo, a Xiami Pro 2 tem 300W e a Xiami Pro 5 tem 400 W.
Apesar de o Código da Estrada falar no limite de 250 W, vamos esquecer isso pois ninguém vai medir a potência. O importante é a velocidade máxima do motor porque é fácil de medir pela polícia e a característica mais 'perigosa'.
A minha solução prática é que limitem a velocidade a 25km/h.
Com esta velocidade já podem circular nas ciclovias.
Também podem circular nas estrada se assim o quiserem.
Cada vez vejo mais pessoas a circular com trotinetes.
Para distâncias até 15 km em locais com dificuldade de estacionamento, a trotinete eléctrica é o melhor veículo jamais inventado.
Vejo muitos imigrantes a circular do emprego para casa (ou para o comboio) porque é um veículo barato, que pode ser comprado por 'imigrantes irregulares', pode ser transportado no comboio e em alguns autocarros e que pode ser estacionado quase em qualquer lado (com um cadeado).
Fazem falta locais de estacionamentos cobertos e pontos de carga para trotinete.
Um dia fui à Reitoria da UP e pedi para me deixarem guardar a trotinete presa à grade. Não foi preciso porque, num dos 'jardinas' interiores tem um espaço para bicicletas e trotinetes.
Mas penso que deveria ser um espaço coberto já que a chuva não é amiga deste tipo de veículos.
Também se pensarmos principalmente nos pobres, de forma gritante nos sem abrigo e, de forma mais suave, nas pessoas que não têm condições para ter a trotinete no quarto partilhado, era importante que esses estacionamentos tivessem pontos de carregamento.
Em vez de darem subsídios para a compra a pessoas que não precisam, seria mais útil para a mobilidade se houvesse estacionamentos cobertor e postos de carregamento que aceitassem uma moeda de 0,10€ em troca da energia. Sim, a carga de uma trotinete precisa de uma potência de apenas 70W (enquanto que um carro precisa de pelo menos 7000W) e menos de 0,10€ de electricidade.
Não compreendo a proibição de andarem duas pessoas numa trotinete.
Agradecimento ao Presidente da Câmara de Ovar.
Nas nossas cidades há a doença de meter empedrado nas ruas 'turísticas' o que é muito mau não só para as trotinetes e bicicletas como também para as cadeiras de rodas e os carrinhos dos bebés.
Enviei um email ao presidente que disse 'No futuro vamos ter isso em consideração'.
Claro que pensei que era apenas uma resposta retórica mas não. Nas vias em que estão a fazer intervenções têm tido o cuidado de meter, no meio, uma parte em pedra lisa.
O Domingos foi meu colega de escola, estávamos na mesma carteira, mas por razões que teve a ver com o problema que tive em casa (apareci na escola com a cara muito inchada e toda arranhada e disse que foi uma alergia quando tinha sido uma agressão por parte do meu pai), como que fiquei envergonhado e nunca mais fui capaz de encarar os meus colegas.
Como eu compreendo quando ouço dizer que 'A vítima ganha vergonha de ser vítima.'
Quando fui despedido fruto de um processo de saneamento que apenas pensava ser possível num país ditatorial, fiquei cheio de vergonha.
O que me auxiliou foi ouvir a minha mãe dizer "Os homens têm muita vergonha de serem vítimas de injustiça. É preciso combater isso e contar em casa pois só assim serás capaz de o ultrapassar."
É que as pessoas procuram em nós a culpa de sermos vítimas.
É norma justificar uma mulher ser batida porque telefonou a um amigo ou andou vestida de uma maneira aberta (como se não tivesse direito a fazer o que lhe apetecer, quem gosta gosta, quem não gosta, vai à sua vida).
É norma justificar um despedimento porque "Fizeste alguma."
No fundo, as pessoas não querem aceitar, que o mundo está cheio de filhos da puta. Querem acreditar que "Se atravessar na passadeira, nunca serei atropelada."
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